A imprensa mundial está expondo a situação dos imigrantes nos Estados Unidos, principalmente o método empregado por Donald Trump, ou seja, separar as crianças de seus pais. O fato ganhou ainda mais notoriedade após a agência ProPublica mostrar o choro de várias crianças ao serem separadas de suas famílias, e ainda revelou o modo em que estavam abrigadas.

Muitas delas se cobriam com cobertores de alumínio e estavam encarceradas em uma espécie de jaula. Após a repercussão das imagens, diversas autoridades passaram a criticar a abordagem em que tais famílias estavam sendo expostas. Boa parte das gigantes do mundo tecnológico também acabou se manifestando sobre a situação.

Microsoft, Google, Uber, Lyft, Twitter, eBay e Buzzfeed são algumas empresas que comentaram o assunto. Sundar Pichai, do Google, disse que o governo precisa buscar métodos mais humanos.

"As histórias e imagens das famílias sendo separadas na fronteira são estressantes. Urge a necessidade do governo trabalhar em conjunto para achar soluções melhores, mais humanas e que reflitam nossos valores enquanto nação" - Sundar Pichai, CEO da Google.

Mark Zuckerberg disse que é necessário investir em organizações que ajudem essas famílias:

"Organizações como a Texas Civil Rights e a RAICES estão fazendo um ótimo trabalho ajudando famílias na fronteira dos Estados Unidos a conseguirem serviços jurídicos e serviços de tradução, enquanto documentam o que está acontecendo para garantir que essas histórias serão compartilhadas. Eu pessoalmente doei para eles e encorajo vocês a fazerem o mesmo. Precisamos parar com essa política agora mesmo."

A Microsoft se posicionou através de um porta-voz, e condenou as medidas adotadas pelo governo:

"A Microsoft não está trabalhando com o setor de imigração norte-americano ou com qualquer serviço de proteção à fronteiras, ou qualquer projeto que vise separar crianças de seus familiares, e ao contrário das especulações, não estamos preocupados que o Azure seja utilizado para essa finalidade. Como companhia, a Microsoft desencoraja qualquer separação forçada de filhos de seus pais na fronteira. A unificação familiar é um fundamento americano e legal desde o fim da segunda guerra. Como companhia, a Microsoft trabalhou por mais de 20 anos para combinar tecnologia com o princípio legal para assegurar que crianças refugiadas e imigrantes possam permanecer com seus pais. Precisamos continuar atendendo a esse princípio e mudar perspectivas agora. Urge a necessidade da administração governamental mudar sua política e a do Congresso de passar uma legislação garantindo que as crianças não sejam mais separadas de suas famílias."

O fato ganhou ainda mais notoriedade após a agência ProPublica mostrar o choro de várias crianças ao serem separadas de suas famílias, e ainda revelou o modo em que estavam abrigadas.
O fato ganhou ainda mais notoriedade após a agência ProPublica mostrar o choro de várias crianças ao serem separadas de suas famílias, e ainda revelou o modo em que estavam abrigadas.

Jack Dorsey, do Twitter, compartilhou coberturas da mídia sobre o episódio, e incentivou doações para o RAICES.

Dara Khosrowshahi, representante da Uber, disse que como pai e cidadão imigrante as histórias que chegam pela mídia partem o seu coração, e que todas as famílias são a espinha dorsal da sociedade. Ele ainda disse que o planejamento atual é falho e até imoral.

O CEO da Yelp, Jeremy Stoppelman, convocou os seus seguidores do Twitter a participarem de uma passeata no próximo dia 30 em prol das vítimas do sistema imigratório atual. Além disso, incentivou doações para as organizações que cuidam dos refugiados.

Logan Green e John Zimmer, do serviço de carros particulares Lyft, também recomendaram a doação para organizações de apoio dos imigrantes.

Devin Wenig, líder do eBay, disse que é necessário reforçar o trabalho nas fronteiras, mas sem separar as famílias.

O CEO do Buzzfeed disse:

"Essas histórias partem o meu coração. Minha avó era uma refugiada e me contou a história de quando foi separada de seus pais e sentiu o terror da possibilidade de nunca mais vê-los. A experiência foi tão traumática que ela só se sentiu à vontade para compartilhar isso 60 anos depois."

A HP se manifestou através de um porta-voz:

"A HP acredita que a responsabilidade das políticas de imigração são algumas das coisas que guiam as inovações e o crescimento de companhias norte-americanas. Para permanecermos competitivos, precisamos atrair os melhores talentos ao redor do mundo. Nossa força de trabalho precisa ser diversificada como nossas comunidades e consumidores são. A HP não endossa as medidas discriminatórias contra qualquer grupo, e não limita contratações, sempre tendo em vista os melhores talentos para o nosso negócio. Nós condenamos a atual prática de separação de famílias na fronteira e pedimos que o governo estadunidense pare com essa prática." - porta-voz da HP.

"As crueldades que os americanos estão testemunhando hoje em nossas fronteiras vão muito além de discordâncias políticas. Como americana - e como mãe - eu estou horrorizada com as histórias que chegam sobre crianças sendo separadas sem nenhuma piedade, sendo mantidas longe de seus pais. Os Estados Unidos tem defendido os direitos humanos ao redor do mundo, e se a administração deseja manter sua humanidade e respeito com o mundo, precisa parar essa prática imediatamente." - Denelle Dixon, COO da Mozilla.

Como vimos, várias empresas de tecnologia emitiram uma opinião sobre o assunto, o que demonstra que nem todos estão satisfeitos com as atuais medidas tomadas em relação aos imigrantes.