O mercado de celulares no Brasil segue bastante disputado. Ao final deste mês de novembro, a StatCounter, que analisa o mercado em diversos segmentos, inclusive smartphones, apontou que a Xiaomi voltou a crescer depois de vários meses estagnada. A projeção aponta que se a empresa conseguir manter o ritmo, pode superar Motorola e Apple até março de 2024 e se tornar o segundo maior player do segmento no Brasil.

Xiaomi pode ser a segunda maior do Brasil em 2024

Xiaomi pode superar Motorola e Apple em março de 2024
Xiaomi pode superar Motorola e Apple em março de 2024

De novembro de 2022 até agosto deste ano, a Xiaomi seguiu mantendo praticamente a mesma parcela do mercado brasileiro, um total de 12%. Foi em setembro que a empresa começou a reagir, batendo 13.12%, e 14.36% em outubro. Neste mês de novembro a empresa fechou com 15.32%, ficando mais próxima da Apple e Motorola, que hoje ocupam o terceiro e segundo lugar, respectivamente.

Enquanto a gigante de Cupertino detém de 18.26% do mercado tupiniquim, a Motorola defende seus 19.1% já por alguns meses. Embora ainda seja um longo caminho para a Xiaomi, a empresa projeta superar suas rivais, mas para isso é necessário continuar saltando de um em um no tamanho do percentual e torcer para Motorola e Apple continuaram no ritmo em que estão.

Veja o gráfico abaixo:

Market-share de celulares no Brasil em novembro de 2023 (Foto: Statcounter/Reprodução)
Market-share de celulares no Brasil em novembro de 2023 (Foto: Statcounter/Reprodução)

Quais as maiores empresas de celulares no Brasil?

Com os resultados de setembro, o ranking das 10 maiores fabricantes de celulares em atividade no Brasil ficou assim:

Empresa % em novembro
1 Samsung 37.59
2 Motorola 19.1
3 Apple 18.26
4 Xiaomi 15.33
5 Desconhecida 5.34
6 LG 2.42
7 ASUS 0.41
8 Realme 0.4
9 Infinix 0.28
10 Nokia 0.21

Como funciona o levantamento de dados do StatCounter?

A StatCounter é uma plataforma conhecida mundialmente por coletar dados de diversos mercados para apontar o volume do market share de cada empresa em diferentes segmentos. A plataforma não explica qual a metodologia que usa para coletar esses dados quando o assunto é o mercado de smartphones, por exemplo. No seu site, há apenas uma página que explica que "as estatísticas são baseadas em dados agregados coletados pelo StatCounter em uma amostra superior a 5 bilhões de visualizações de página por mês coletadas em toda a rede StatCounter de mais de 1,5 milhão de sites".

O Oficina da Net questionou o StatCounter sobre sua metodologia, mas ainda não tivemos uma resposta. Se formos respondidos, essa matéria será atualizada.

É possível, mas não confirmado, que a plataforma calcule o volume de cada empresa pelo número de usuários ou dispositivos ativos em vez de se basear no número de vendas de fabricante. Isso explicaria, por exemplo, por que no ranking mensal ainda aparece a LG em sexto lugar, já que a empresa deixou o mercado de smartphones em abril de 2021.

Comparação com o mesmo período do ano passado

Em comparação com novembro do ano passado, podemos dizer que pouca coisa mudou. A Samsung já era a maior vendedora do país e de forma consolidada com seus 43.44% — bem maior que os 37.57% que a empresa tem hoje, mas ainda muito na frente da concorrência. Motorola e Apple já disputavam o segundo lugar, mas a dona da linha Moto G seguia com a medalha de prata, já que detinha 20.01 do mercado, enquanto a Apple vinha com 17.49%. A Xiaomi já era a quarta colocada com 12.54%.

Veja o gráfico com os resultados da Samsung, Motorola, Apple, Xiaomi e LG entre novembro de 2022 e novembro de 2023:

Qual a marca do seu celular? 33,35% 21,49% 10,54% 26,10% 8,52%

Fonte: StatCounter