Alguns dias atrás, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em uma coletiva de imprensa que permitiria que empresas norte-americanas continuassem vendendo produtos para a Huawei.

Trump ainda disse que permitindo o retorno da Huawei aos negócios com as empresas americanas, seria ótimo para impulsionar a produção e com isso gerar mais empregos. Em outras palavras, a proibição da Huawei foi suspensa.

O posicionamento de Trump, nitidamente voltando atrás com a sua decisão arbitrária, imediatamente gerou impacto positivo junto aos fornecedores que estavam impedidos de vender seus produtos e serviços para a Huawei, trazendo além dos benefícios financeiros diretos, as ações abriram hoje subiram acentuadamente, especialmente as empresas de chips que têm cooperação com a Huawei. 

Retorno da Huawei não é bom só para ela, outras empresas tiveram seus papéis valorizados hoje na Bolsa
Retorno da Huawei não é bom só para ela, outras empresas tiveram seus papéis valorizados hoje na Bolsa

Entre eles, a Micron Technology (MU.O) subiu 6,3% e a NVIDIA (NVDA.O) subiu 5,12%, Qualcomm (QCOM.O) subiu 5,38%, Western Digital (WDC.O) subiu 5,23% e AMD (AMD.O) subiu 5,2%.

Vale lembrar que muitas empresas americanas, como a Broadcom, passaram por dificuldades financeiras desde o início do embargo da Huawei. Mais recentemente, a Google levantou junto ao governo dos EUA a questão de que a repressão à Huawei representaria um risco para muitas outras empresas.

Aparentemente, outras empresas americanas também entraram em contato com o governo. Afinal de contas, a Huawei não vende só smartphones, ela é uma potência no mercado telecomunicações, especialmente agora com a tecnologia 5G.

Huawei 5G
Huawei - tecnologia 5G

Ontem, o presidente do Comitê Econômico Americano, Larry Kudlow, explicou a proibição em mais detalhes em uma entrevista na televisão.

Em relação a proibição, ele enfatizou que a Huawei só pode comprar "produtos  americanos que são amplamente vendidos em outros países". Negou as alegações de que essa manobra é um "erro catastrófico", acrescentando que a segurança nacional ainda é a consideração mais importante. Ele concluíu dizendo que o presidente dos Estados Unidos não tem a palavra final sobre esta questão e que a mesma passará por alguns processos antes da conclusão.