A Huawei desmentiu as alegações de que reduziu a produção de seus smartphones, após o South China Morning Post citar que a empresa estava reduzindo sua linha de fabricação para alguns modelos de smartphones, alegando porém que não estava claro se isso era uma medida temporária ou um plano de longo prazo.

Os fabricantes podem ajustar como bem entenderem seus níveis de produção, seja por aumento ou redução da demanda, ou por outros fatores.

Mas diante dos problemas que a empresa vem enfrentando com embargos comerciais por todos os lados, a Huawei se sentiu obrigada a ser enfática na afirmação de que não ha cortes em suas fábricas no momento.

"A Huawei refuta essas afirmações. Nossos níveis de produção global são normais, sem ajustes notáveis ​​em nenhuma direção", disseram representantes do fabricante ao site Android Authority em uma resposta por e-mail.

Huawei vem sentindo os efeitos de ser colocada na lista de empresas nas quais os EUA não indicam nenhum tipo de negociação, fazendo com que grandes empresas que mantinham contratos com a Huawei cessassem suas parcerias.

O South China Morning Post, noticiou que a Foxconn, empresa de Taiwan que fabrica smartphones para várias empresas, cortou a produção de vários aparelhos Huawei devido a um pedido da empresa. 

Smartphones da Huawei
Smartphones da Huawei

Zhao Ming, presidente da submarca Honor da Huawei, foi questionado sobre o corte relatado na produção de smartphones em um evento de lançamento do Honor 20 Pro na China na sexta-feira passada.

Na ocasião ele disse não estar ciente da situação, mas também se esquivou de perguntas sobre como a proibição de hardware e software dos EUA afetou as vendas da linha Honor no exterior.

Como noticiamos aqui semanas atrás, a Huawei simplesmente passou todas as outras marcas de smartphones, inclusive a Apple, ficando somente atrás da Samsung, que segue na liderança na participação global de vendas de smartphones, com larga vantagem sobre a Huawei.

Coincidência ou não, logo depois dessa lista ter sido publicada na mídia especializada, a pressão sobre a marca se tornou mais ferrenha. Parece que a Apple, a queridinha dos EUA, não ficou muito satisfeita de ter comido poeira, quando a Huawei assumiu a segunda colocação na lista de empresas que mais vendem smartphones no mundo.

O objetivo da Huawei era de até o final de 2020 ultrapassar os números da Samsung como o maior fabricante de smartphones. Mas com tantos embargos parece que mesmo não "parando as máquinas" como foi noticiado e, rapidamente desmentido, a Huawei deve levar um pouco mais de tempo para tornar a subida ao primeiro lugar no pódio uma realidade.