A família de uma operária da Samsung que morreu em decorrência de um tumor cerebral deve ganhar compensação estatal. A decisão é da Suprema Corte da Coreia do Sul, que ainda disse que a funcionária faleceu em virtude de uma doença causada pelo trabalho.
Conforme o Phys.org, a funcionária Lee Yoon-jung trabalhou em uma fábrica de chips da Samsung entre 1997 e 2003. Ela foi diagnosticada com um tumor cerebral quando tinha 30 anos e morreu após dois anos. A justiça coreana, inicialmente, negou o pedido da família de Lee por compensação. Vale mencionar que em casos deste tipo, o funcionário precisa comprovar que a doença foi causada pelo trabalho.
Levando em consideração as investigações realizadas após que a mulher deixou de trabalhar na Samsung, o governo chegou a conclusão de que os funcionários da empresa estavam realmente expostos a toxinas como benzeno, chumbo e formaldeído. Porém, os níveis estavam de acordo com os limites permitidos.
No entanto, o caso teve uma reviravolta e a corte coreana, em sua última decisão, considerou que as limitações dos testes feitos pelo governo não poderiam prejudicar a família da funcionária que teve uma doença rara e de pouco conhecimento.
Este não é o primeiro caso em que a Justiça toma uma decisão semelhante. Em agosto deste ano, por exemplo, a Corte decidiu a favor da compensação a um funcionário da linha de produção de LCDs da Samsung que tinha esclerose múltipla.
No caso atual, o histórico da Samsung pode ter favorecido a funcionária na disputa já que, de acordo com dados citados por sua representação legal, 27 funcionários de fábricas da Samsung foram diagnosticados com tumores cerebrais, oito deles da mesma fábrica em que Lee trabalhava. Entre os funcionários da Samsung, tumores cerebrais são a segunda causa de morte mais comum, ficando atrás da leucemia.
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