Na Coréia, alguns pesquisadores desenvolveram um protótipo de robô que tem o objetivo de combater a solidão e o isolamento dos jovens, principalmente aqueles que moram sozinhos. O robô se chama Fribo, e com um design bonitinho que parece um animal de estimação, ele serve para encorajar os jovens a enviar mensagens de texto e telefonar uns aos outros.

Mesmo sendo um robô para o lar, ele não atua da mesma forma que os já existentes pois não é social a ponto de manter uma conversa com a pessoa, mas é capaz de promover a socialização com outras pessoas. Por isso, os Fribos são destinados a serem distribuídos em um grupo de amigos para que se crie um "espaço virtual", reunindo amigos que, fisicamente, vivem isolados.

Fribo possui sensores e microfones capazes de perceber atividades dentro de casa.
Fribo possui sensores e microfones capazes de perceber atividades dentro de casa.

Para despertar a curiosidade dos amigos e incentivar uma possível conversa em aplicativos de bate-papo, o robô ouve as atividades na casa de um dos amigos e depois conta aos outros amigos o que ele estava fazendo. Por exemplo, os microfones e sensores incluídos no Fribo permitem que ele reconheça as atividades domésticas, como quando alguém chega em casa e liga as luzes ou abre a geladeira. Nesse caso, Fribo compartilha com os amigos dizendo "Oho! seu amigo abriu a porta da frente. Alguém acabou de chegar em casa?"

Já a pessoa que recebeu a informação pode então responder pelo bate-papo ou ainda dar duas batidas perto do Robô para que ele reconheça o som e transmita para o outro amigo: "O que você está fazendo? Kwangmin está curioso!". O usuário pode ainda bater palmas três vezes como forma de aprovação a uma mensagem de Fribo. Veja os exemplos no vídeo abaixo:

Segundo o The Verge, o conceito do Fribo é interessante e inovador, ao passo que promove a comunicação enquanto mantém os amigos informados sobre as atividades dos outros. O fator interessante é que o robô promove uma função semelhante ao feed de notícia sociais, mas somente a parte positiva, pois uma pessoa que oferece informações sobre si mesma não oferece o fator fiel que a informação dada por Fribo possui.

Em testes feitos pelos cientistas coreanos com os jovens que usaram Fribo, foi possível detectar que a sensação é a de que os amigos moram juntos, pois acabam compartilhando as atividades banais da vida cotidiana. Alguns jovens também relataram que começaram a mandar mensagens de texto para amigos com mais frequência.

Algumas das preocupações relacionadas ao robozinho levam em conta a quebra de privacidade que algumas pessoas gostam de manter, fato que é comum com robôs domésticos como o Amazon Echo ou o Google Home. Outra questão abrange o lugar em que o produto foi pensado, pois foi projetado e testado com o público coreano, cuja cultura é diferente, o que poderia gerar estranheza em outras culturas. Mas essas são desvantagens consideradas pequenas, pois o produto pode ser adaptado ao chegar ao mercado.

Sobre o design do Fribo, segundo o The Verge, pode ter sido inspirado nas animações do Studio Ghibi. O robô foi apresentado no mês passado na ACM / IEEE Conferência Internacional sobre Interação com Robôs Humanos.

Esta iniciativa vem de encontro com o modo de vida solitária que vem crescendo aos poucos e causado depressão e isolamento constante. Por isso, a tecnologia pode tentar criar comunidades que se ajudam, juntando pessoas que geralmente se afastam por malefícios causados pela tecnologia.

Fonte: The Verge