Um vírus denominado Red October, que circula o mundo há cinco anos, foi descoberto pelos especialistas do Kaspersky Lab. O malware afetou 39 países, entres eles, Brasil, Rússia, Estados Unidos e Irã.

Criado para acessar dados governamentais e científicos, acredita-se que centenas de terabytes contendo arquivos confidenciais tenham sido invadidos desde 2007.

O vírus atacava em redes Cisco Systems (modems, roteadores, etc), computadores, e até Smartphones (Apple, Samsung e Nokia), além de poder estar ocultado em pendrives e HD externos, podendo acessar inclusive dados já apagados dos dispositivos. O malware utilizava mais de mil módulos distintos para atacar suas vítimas.

Órgãos diplomáticos foram invadidos na Turquia, Índia, no Irã e Estados Unidos. Nos EUA, até embaixadas foram atacadas. Na Rússia, onde os computadores foram mais visados, o vírus invadiu organizações militares, órgãos de pesquisa nuclear e instituições científicas. No Brasil, locais desconhecidos foram invadidos.

Segundo Vitali Kamluik, perito da Kaspersky Lab, os hackers possuíam uma grande estrutura para realizar este ataque de tão grande porte.

"Aquilo que nós descobrimos inclui mais de mil arquivos executáveis originais distintos, criados de propósito para uma organização ou para um fim específico. Para criar isso, seria necessário um grupo de programadores. O segundo aspecto é a infraestrutura de servidores. Nós descobrimos mais de sessenta diversos nomes de domínio e muitos servidores físicos reais que se encontram em plataformas da Alemanha e da Rússia."

Não há indícios ainda sobre os responsáveis pela criação vírus, nem de que algum país esteja por trás dos ataques, como os Estados Unidos e o vírus Flame, utilizado para espionar o Irã.

Outro dado interessante é a origem do nome, onde muitos acreditam ser baseado no livro de Tom Clancy, de 1984, "A Caçada ao Outubro Vermelho". O livro conta a história de um submarino soviético que passou despercebido por muito tempo.