As redes sociais ampliaram as possibilidades de trocas de informações e influências, pois nelas as pessoas falam sobre seus interesses, os consumidores compartilham suas compras, todos acessam opiniões sobre marcas e dicas sobre os produtos. Tudo isso ajuda na tomada de decisão de compra.

De acordo com pesquisa do Gartner, as redes sociais devem gerar uma receita global de US$ 16,9 bilhões em 2012. E a principal fonte será a publicidade dentro das redes sociais, totalizando US$ 8,8 bilhões, enquanto jogos online serão responsáveis por US$ 6,2 bilhões. O Social Commerce requer que as marcas interajam com seus consumidores de forma verdadeira e natural, no sentido de construir e aprofundar relacionamentos. O sucesso no ambiente online está atrelado ao gerenciamento da relação empresa-consumidor que, quando bem administrada, aumenta a probabilidade de avaliações positivas, influenciando potenciais clientes, resolvendo problemas e gerando boa reputação.

Uma das vantagens do Social Commerce é a criação de um ambiente favorável aos compradores para compartilharem informações e recomendarem produtos e serviços entre seus contatos. É uma forma de aumentar a propensão de vendas, uma vez que são os próprios consumidores que compartilham informações e experiências com a marca.

 

F-commerce, F-Stores ou Loja virtual no Facebook

Muitos são os nomes, mas o fato é que a integração do E-commerce, com o olhar de Social Commerce (S-Commerce) e uso das funcionalidades do Facebook potencializam as ações de fidelização, atendimento, divulgação e promoção de uma marca junto aos clientes.
O estudo "Observador 2012", realizado pela Cetelem, indica que 53% dos 1,5 mil consumidores brasileiros pesquisados querem comprar produtos por meio da Página sem ter de ir à loja. Segundo o levantamento, 61% dos consumidores representantes das classes AB apostam na ascensão S-Commerce, enquanto 55% da classe C e 42% das classes D e E afirmam o mesmo.

Essa movimentação está gerando uma revolução no consumo e no comportamento de compras das pessoas. E as marcas - pequenas ou grandes - precisam estar preparadas para acertar seus modelos de venda e atuar em um canal como o Facebook, onde não possuem total controle sobre as informações e interações. Ainda existem dúvidas sobre a eficácia da rede para vendas, porém recursos como promoções para fãs e anúncios podem ser testados antes da criação ou não da F-Store.

Muitas marcas já possuem lojas dentro de suas Páginas, mas em poucas é possível efetuar a transação final dentro da rede. Em alguns casos a "loja no Facebook" nada mais é que uma seleção de certos produtos, o que limita o acesso do consumidor. Mas também pode "aumentar a vontade" do cliente para acessar o site e efetuar uma compra, transformando a rede em uma mídia de apoio para venda.

Na rede social qualquer interação com a marca e seus produtos pode se tornar uma recomendação, que é um dos itens mais importantes do Social Commerce. Além disso, a propensão de um fã que navega na sua "loja no Facebook" curtir ou recomendar um produto é muito maior, aumentando o potencial de viralização da marca. Lembrando que esses botões também podem ser inseridos no próprio site da empresa, recurso indicado como "boa prática" pelo próprio Facebook. Outro modelo que vem sendo aplicado é a criação de lojas "pessoais" com produtos selecionados. Neste caso, grandes marcas que possuem ampla variedade de produtos oferecem aos seus fãs a possibilidade de criação de uma "loja pessoal da marca" com direito a uma comissão sobre as vendas fechadas.

Não existe um modelo "mais certo" ou "menos arriscado" e a decisão de ter ou não uma loja no Facebook depende de diversos fatores, entre eles: tamanho da empresa, credibilidade da marca, bom gerenciamento da Página, nível de investimento etc. É importante lembrar que o trabalho em redes sociais é amplo e, mesmo se o objetivo principal for converter vendas, o relacionamento com o cliente sempre será o diferencial do canal e precisa ser bem trabalhado antes, durante e depois da venda.

Por: Bianca Furtado | Artigos E-commerce