Uma equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano dos Estados Unidos (NHGRI, na sigla em inglês) conseguiu testar com sucesso um algoritmo de reconhecimento facial para poder detectar uma doença genética rara. Trata-se da Síndrome de DiGeorge, que afeta de uma em 3 mil a uma em 6 mil crianças.

De acordo com o Instituto, a Síndrome de DiGeorge, manifesta-se através de várias características, como problemas cardíacos, fenda palatar e uma aparência facial particular. Porém, tal aparência se manifesta de modo distinto em pessoas de etnias diferentes, com isso, os próprios médicos acabam tendo dificuldades no diagnóstico preciso.

Conforme o estudo publicado pelos pesquisadores, a tecnologia de reconhecimento facial pode ajudar os agentes de saúde a detectar a síndrome com antecedência e assim intervir mais cedo. Para poder criá-la foram usadas informações de 106 pacientes e fotografias de 101 pessoas com a doença, de 11 países diferentes.

Após, com análise de mais de 126 características diferentes dos rostos dos pacientes, o algoritmo precisou decidir, baseado nas fotos, quais pessoas tinham a doença. As fotos dos pacientes acabaram sendo misturadas com fotos de outras pessoas, e mesmo assim, o sistema conseguiu acertar com 96,6% de precisão quais pessoas eram portadoras da Síndrome de DiGeorge.

O NHGRI destaca que o mesmo sistema também pode detectar, se treinado, outras doenças genéticas, como a Síndrome de Down.