Há não muito tempo a NASA confirmou que Marte já teve água em sua superfície. A notícia, claro, foi empolgante, mas levantou uma segunda questão: onde foi toda essa água.

A resposta é simples: O planeta, que tinha uma atmosfera - assim como nós - de tanto ser bombardeado por raios solares, ficou sem a mesma, e, consequentemente, sem sua proteção natural. Com o passaor do tempo, e suscetível à incidência solar, os rios e fontes de água foram para o ralo (com o perdão do trocadilho).

Hoje, sem um ecossistema regulado a temperatura de Marte (que está "1 planeta" mais longe do sol do que nós) fica, em sua maior parte do tempo, em cerca de -55°, em outras palavras: Tá bem difícil de receber os humanos por lá.

Ou pelo menos, estava. Pois a NASA tem um plano: Criar um campo magnético artificial no planeta e, assim, gerar um ambiente que possa acolher a vida.

Atualmente o solo marciano é árido e o clima passa dos 55° negativos

A ideia foi anunciada no Planetary Science Vision 2050 Workshop, no início do mês de março, e, se tudo der certo, a atmosfera será lenta e gradualmente recuperada.

Como o nome do evento já diz, nele discutem-se assuntos e iniciativas que podem ser implantadas no Planeta Vermelho até a metade deste século. Assim, se esta teoria sair do papel até lá, eles acreditam que em cerca de 3 ou 4 gerações o clima já esteja pronto para receber humanos, já que, de acordo com suas pesquisas, 100 anos seria o tempo necessário para que a atmosfera se regenerasse ao ponto de tornar Marte habitável.

As previsões são bastante otimistas: Em poucos anos Marte alcançaria metade da pressão atmosférica terráquea e a sua temperatura seria impactada imediatamente, esquentando em cerca de 5°. Sim, ainda seria de -50°, mas esse leve aquecimento já seria o suficiente para que os polos descongelassem e alguns bolsões de água surjissem. Cogitasse que até 1 sétimo dos oceanos de Marte possa retornar com esse leve aquecimento.

Hoje, um campo magnético capaz de envolver um planeta inteiro parece bastante complicado, é claro, mas os pesquisadores ressaltaram que projetos em menor escala já estão em andamento e mostrando bons resultados. Resta lembrar que as próprias espaçonaves e a Estação Espacial Internacional já contam com um escudo magnético que os protegem da radiação cósmica.

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