O Facebook está sendo processado por ter cooperado com ataques terroristas. A ação está sendo movida por cinco famílias, que alegam que a rede social proporcionou apoio ao grupo Hamas em ataques que acabaram vitimando várias pessoas em Israel entre os meses de junho de 2014 e março de 2016. A ação foi encaminhada oficialmente na segunda-feira (11).

A ação menciona a lei de 1992 contra o Terrorismo, que proíbe qualquer empresa e corporação norte-americana a fornecer qualquer tipo de ajuda a grupos terroristas e seus líderes.

Assim, as famílias que tiveram familiares mortos em ataques realizados no período estão solicitando ao menos US$ 1 bilhão em danos. A ação está centrada no Tribunal Federal de Nova York e é representada pela Shurat Hadin-Istael Law Center.

De acordo com a advogada Nitsana Darshan-Leitner, que está liderando a ação, o processo "não deve surpreender o Facebook, que tem provido com conhecimento sua plataforma social e serviços ao Hamas, a seus líderes e afiliados durante anos, apesar das repetidas queixas e advertências de que não deveria fazê-lo".

A rede social, de acordo ainda com a advogada, "deve ser responsabilizada por seu papel em facilitar a atividade terrorista do Hamas, incluindo os atos de terrorismo que resultaram em feridos e vítimas fatais nesta ação".

O Hamas reconheceu "a tremenda utilidade e valor do Facebook como uma ferramenta para facilitar a habilidade desse grupo terrorista de se comunicar, recrutar membros, planejar e conduzir ataques e impor medo a seus inimigos", disse a advogada no processo. Durante anos, o Hamas "manteve abertamente e usou contas oficiais do Facebook com pouca ou nenhuma interferência", acrescentou.

No processo, é citado que o Hamas, que é considerado um grupo terrorista de Israel, possui "contas ativas no Facebook e utilizar o site como uma plataforma para difundir sua propaganda e sua incitação à violência" 

As redes sociais, no entanto, utilizam a seção 230 da Electronic Frontier Foundation, que apoia os direitos dos usuários na web.