A maioria de nós sabe que os aplicativos são responsáveis por enviarem uma grande quantidade de dados, porém, o que muitos ainda não sabem é que vários desses dados não são realmente importantes para serem enviados, e pior, nós nem sabemos quais são transferidos.

De acordo com uma pesquisa do MIT, muitas das informações são enviadas e os usuários desconhecem o fato. Entre os dados "secretos", metade parece ser iniciada por pacotes de análise padrão no Android, que acabam relatando sobre padrões de uso e também empenho do programa e acabam ajudando os desenvolvedores a melhorar as suas aplicações.

O estudo foi liderado por Julia Rubin, pós-doutoranda em Ciência da Computação do MIT e Laboratório de Inteligência Artificial (CSAIL). Conforme ela:

"A parte interessante é que os outros 50% não pode ser atribuídos ao analytics. Pode haver uma boa razão para esta comunicação secreta. Não pretendemos dizer que tem que ser eliminado. Estamos apenas dizendo que o usuário precisa ser informado."

Os pesquisadores do MIT relataram que muitos dos dados ocultos enviados e também recebidos pelos 500 aplicativos mais populares Android não são necessários para o bom andamento do serviço.

O MIT realizou um teste com 47 destes aplicativos. Eles fizeram modificações para provar o fato, e para isso eliminaram as conexões desnecessárias de dados. O resultou mostrou que 30 dos aplicativos modificados eram muito semelhantes às versões oficiais em funcionalidade, os outros, porém, tinham pequenas diferenças, como a falta anúncios.

Rubin salienta que isso não significa que os dados sejam suspeitos. Muitos deles, apesar de não serem importantes para o bom funcionamento das aplicações, acabam sendo úteis para colaborar com o aplicativo para que funcionem melhor, bem como auxiliar em recursos como a busca de conteúdo.

A questão principal é que essa troca de dados é oculta, sendo que os aplicativos não informam corretamente o que estão realizando com estas comunicações. Além disso, a falta de transparência pode ainda dificultar o trabalho de empresas e também pesquisadores de segurança.