Depois ver o quão generoso é o mercado de games, a Sony queria novamente provar o gostinho de liderar o mercado, tanto no maior número de vendas quanto na satisfação de seus clientes, por isso, precisava trabalhar em um novo console, a Sega iria dar o seu último suspiro, que seria abafado pela esmagadora concorrência e a falta de interesse de desenvolvedoras terceirizadas em seu console, a Nintendo estava prestes a provar o amargo gosto da derrota novamente e um forte concorrente estava chegando.

Antes de continuarmos, gostaria de lembrar que é extremamente importante que você já tenha lido as partes anteriores à esta. Caso não tenha lido, aqui você encontra a parte 1, 2, 3, 4 e 5.

A sexta geração de consoles

Grandes empresas, com grandes produtos, precisam saber acompanhar as novidades que surgem em seu meio, encontrar uma maneira de implementar ideias interessantes em suas próprias criações e assim poder garantir um futuro promissor à elas. No final dos anos 90, a maior novidade era a internet, que agora estava se tornando cada vez mais popular, por isso, era preciso encontrar alguma maneira de implantá-la nos videogames.

A única maneira de se conectar em um meio online em um console de videogame até o momento era usando um periférico especial que servisse como modem para as conexões. O primeiro console a implantar essa imersão online foi o Mega Drive, com o "Mega Modem", que ligava o console à rede de internet discada, fazia uma ligação ao segundo jogador, que atendia, e possibilitava a jogatina de duas pessoas juntas mesmo morando em cidades diferentes.

A Sega novamente larga na frente

O primeiro console considerado de sexta geração é o Dreamcast, que já havia sendo projetado a um bom tempo desde o dia em que a Sega anunciou estar descontinuando a produção do Sega Saturn. O Dreamcast seria o primeiro console da história a ter um modem embutido e um navegador próprio, ou seja, para jogar online, não era mais preciso comprar um periférico exclusivo à isso.

Com o lançamento do novo console, a Sega recuperou a confiança de boa parte de seus fãs que haviam se decepcionado com consoles como o Saturn, o 32X e o Mega-CD. Jogos como Sonic Adventure, que vendeu 2,5 milhões de cópias, Soulcalibur, com 1,3 milhões de vendas e Crazy Taxi, que rendeu a venda de 1,2 milhões de cópias, garantiram a estabilidade financeira da Sega por um bom tempo.

Embora o Dreamcast tenha sido um sucesso e tenha vendido 10,6 milhões de aparelhos, uma série de problemas acabou levando a Sega ao fim da sua linha de consoles, sendo um deles - e talvez o principal -, o sucesso esmagador do PlayStation 2, que desacelerou as vendas do console da empresa drasticamente.

Embora nunca mais tenhamos visto a Sega no mercado de consoles, o Dreamcast sempre será considerado um dos melhores consoles de todos os tempos, principalmente pelo fato de que foi ele quem introduziu a sexta geração com a inovação de seu modem embutido. Enfim, nada define melhor nossa história com a Sega quanto a frase "foi bom enquanto durou".

Vídeo incorporado do YouTube

Playstation 2, o console mais vendido da história

Depois do enorme sucesso do Playstation, que até hoje é o 4º console mais vendido da história, lançar um console concorrente ao Dreamcast era o próximo passo da Sony, então, em 2000 era lançado o PlayStation 2, que agora tinha uma capacidade gráfica maior e um leitor ótico que oferecia a possibilidade de rodar DVDs e CDs de áudio além dos jogos, tornando o videogame uma verdadeira máquina de entretenimento.

Oferecer a possibilidade de assistir filmes, ouvir músicas e ainda jogar seus jogos favoritos talvez tenha sido um dos maiores motivos do grande sucesso do PlayStation 2, afinal, era possível economizar na compra de três aparelhos, que agora estavam reunidos em um só. Mas, claro, os grandes títulos do videogame com certeza tiveram a maior parte da culpa pelo console ter se tornado o mais vendido da história.

Vídeo incorporado do YouTube

Embora também tenha sido o console mais pirateado da história (o mesmo vale para os seus jogos), alguns dos principais títulos do PlayStation 2 ocupam a lista dos mais vendidos da história, como Grand Theft Auto: San Andreas (que foi exclusivo do PS2 por um ano), vendendo 27,5 milhões de cópias, assim como outros títulos da saga GTA que também passaram dos milhões de copias facilmente. Shadow of the Colossus, que não vendeu tantas copias mas é considerado um dos melhores games já feitos, God of War, Gran Turismo 3: A-Spec, dentre muitos outros jogos da imensa biblioteca de games do PlayStation 2 garantiram o seu sucesso.

Nenhum console em toda a história dos videogames tinha chegado à marca de 100 milhões de aparelhos tão rapidamente quanto o PlayStation 2, a Sony agora era a empresa que comandava o mercado dos consoles, tanto que a própria Sega deixou de produzir o Dreamcast devido ao fato de não conseguir competir com seus concorrentes muito mais bem apoiados por desenvolvedoras. Este era o começo de um reinado que só poderia ser atrapalhado por uma única empresa, a Microsoft.

Vídeo incorporado do YouTube

O GameCube e a queda da popularidade da Nintendo

Os games se tornavam cada vez mais adultos, mais violência era adicionada e histórias com profundidade eram contadas, no entanto, a Nintendo continuava insistindo em seus jogos muito mais voltados ao público infantil ou então aos seus fãs de sempre. Isso pode ser considerado um erro? Talvez sim, afinal, expandir a gama de seu público é importantíssimo e isso só é possível com jogos diferenciados que seus concorrentes não tenham como oferecer.

A Nintendo acabou investindo muito mais em seus jogos clássicos, que já não eram mais tão procurados, e resolveu esperar a oferta de desenvolvedoras, que lançavam os mesmos jogos para todas as outras plataformas. No final, o GameCube acabou sendo apenas um bom console, com novos títulos dos clássicos da Nintendo e os mesmos jogos que todos os outros consoles também tinham. O diferencial do console era Metroid Prime, da antiga saga exclusiva da Nintendo, Metroid, que estava jogada nos porões da empresa a anos e era a única que deixava a infantilidade de lado.

A prova de que clássicos já não eram o suficiente para concorrer com a inovação e a qualidade veio com as vendas do GameCube, que, ao final de sua vida útil, havia distribuído apenas 21,74 milhões de aparelhos, 2 milhões a menos do que o novato da Microsoft.

Vídeo incorporado do YouTube

Xbox, a promessa da Microsoft nos games

Como já havia acontecido por outras vezes na indústria dos videogames, uma grande empresa estava chegando para tentar dominar um dos maiores mercados do mundo, dessa vez, a Microsoft que tentava ganhar o seu lugar de destaque. Como a empresa já trabalhava com software para games de computador, o DirectX, surgiu a ideia de criar um console que rodasse seus jogos a partir da API, que gerou o nome DirectX Box, que mais tarde passou a ser Xbox.

Em novembro de 2001 chegava ao mercado americano o Xbox, primeiro console da Microsoft, uma promessa que acabaria gerando um grande retorno para a empresa e teria sucessores garantidos e à altura do PlayStation, que no momento dominava o mercado.

Vídeo incorporado do YouTube

O maior ponto positivo da Microsoft em seu videogame foi a Xbox Live, que tornou-se o melhor serviço de jogos online da sexta geração sem muita dificuldade, afinal, a Sony não havia investido muito na área com o PlayStation 2, o Dreamcast tinha um hardware que começava a se apresentar obsoleto e a conexão do GameCube foi um completo desastre. Jogos excelentes também não faltaram para o Xbox, o melhor e maior exemplo disso foi Halo: Combat Evolved, exclusivo para a plataforma, que vendeu 5 milhões de cópias, um pouco menos que seu sucessor, Halo 2, que vendeu 8 milhões. Outros jogos como Splinter Cell, Fable Dead or Alive também garantiram boas notas dos críticos à Microsoft.

Vídeo incorporado do YouTube

Enfim, estamos chegando à última parte da nossa história dos videogames! Na sétima parte vamos conhecer a sétima geração de consoles, quando a Nintendo finalmente descobriu que a inovação é uma boa aposta na indústria dos games com o Wii, o PlayStation 2 ganha um sucessor e o Xbox volta com um novo console que faria ainda mais sucesso que o Xbox.

Mas, e aí, você já leu as partes anteriores de nosso artigo? Se não leu, é extremamente importante que leia! Aqui você pode ver a parte 1, 2, 3, 4 e 5.