Uma nova geração de consoles estava prestes a chegar nos primeiros anos do século XXI, inovações tecnológicas garantiriam a imersão que o passado havia falhado miseravelmente e jogos com um proposito diferente estariam acompanhando todas essas novidades, os jogos para a família. Sejam bem-vindos à sétima geração!

Criar algo que fugisse do tradicional e ainda assim chamasse a atenção não era nada fácil, principalmente quando a ideia principal é tirar o jogador do sofá e colocá-lo de pé, calando as críticas que apontavam os videogames como máquinas de produzir ócio e preguiça. A nova geração de consoles estaria usando algumas das mais avançadas tecnologias de sua época com um único objetivo: a otimização da captura de movimentos introduzida na geração passada e o aumento da capacidade gráfica.

Opa, antes de você continuar lendo, gostaríamos de perguntar, você já leu a Parte 1, Parte 2, Parte 3, Parte 4, Parte 5 e a Parte 6? Se ainda não leu, vale a pena conferir cada uma delas para acompanhar nossa linha do tempo e garantir que você não vá ficar perdido!

Xbox 360, o esforço reconhecido da Microsoft

Assim como havia acontecido com o PlayStation, o Xbox havia sido muito bem aceito já em seu primeiro console, por isso, era hora de investir novamente e lançar um aparelho que fosse inovador e conseguisse ser tão bom quanto seus concorrentes, surgia assim, em novembro de 2005, o Xbox 360.

Uma grande vantagem do Xbox 360 foi o seu lançamento antecipado em relação aos aparelhos de sétima geração de seus concorrentes, que ainda assim não conseguiram atingir a incrível capacidade gráfica do console, que havia evoluído consideravelmente em relação à geração anterior. Outro fator que impulsionou a vida útil do 360 foi o Kinect, introduzido em novembro de 2010, um periférico que levava ainda mais além a proposta de captura de movimentos desenvolvida pelo seu concorrente da Nintendo, afinal, sequer precisava de um controle nas mãos do jogador.

Como a maioria dos jogos que estavam disponíveis no PS3 também estavam presentes no X360, seu desempenho era maior (mesmo que isto fosse quase imperceptível), era mais barato e o Kinect era inegavelmente superior ao sistema de captura de movimentos de seus concorrentes, o console da Microsoft acabou vendendo um pouco a mais que o da Sony: 84 milhões de aparelhos, mas não foi capaz de bater as vendas do Wii.

O jogo mais vendido do Xbox 360 foi justamente o que acompanhava o Kinect, o Kinect Adventures, que vendeu 24 milhões de cópias, seguido pela febre mundial, GTA V, com 14,49 milhões de cópias vendidas (jogo multiplataforma mais vendido da história); Halo 3, considerado o melhor exclusivo da plataforma, com 14,5 milhões de cópias e Minecraft, com 13 milhões. Estes jogos garantiram o sucesso do console juntamente com outros exclusivos que foram muito bem aceitos no mercado e tornaram-se referência para a marca da Microsoft.

O PlayStation perde sua posição de destaque

Depois do PlayStation 2 ganhar o título de console mais vendido da história, era preciso pensar em algo realmente grande para a continuação da marca e investir pesado nisso não seria um problema, pelo menos era o que parecia. Em novembro de 2006 era lançado o PlayStation 3.

O hardware final da primeira versão do PlayStation 3 tinha um custo de produção de US$840,00, um preço altíssimo para concorrer com os consoles da época, que eram vendidos no mercado a cerca de US$350, obrigando a Sony a ter uma despesa considerável em suas vendas ao manda-lo ao mercado por um preço de cerca de US$499 variando com seu espaço interno, ou seja, a cada console vendido, um prejuízo de mais de 1,97 milhões de dólares em 2007. Estes custos só puderam ser baixados depois de janeiro de 2008, com a eliminação de hardware desnecessário e em agosto de 2009 cada console era produzido por cerca de $240 por unidade.

No começo, as vendas do PS3 não iam muito bem, afinal, o seu preço era considerado alto e ainda não existia uma quantidade de jogos exclusivos que fizesse render o investimento no console, no entanto, depois da chegada do modelo Slim, as coisas começaram a melhorar, o preço baixou, novos jogos exclusivos chegaram e finalmente a Sony ultrapassou o número de vendas do Xbox 360 em um trimestre.

De acordo com os últimos levantamentos, o PS3 havia vendido 82,7 milhões de aparelhos e alguns de seus jogos que mais tiveram saída foram GTA V, que vendeu 17,2 milhões na plafatorma; Call of Duty MW3 e BO, que venderam 12,8 e 12,1 milhões respectivamente; Gran Turismo 5, com 10,9 milhões de vendas e The Last of Us, com mais de 7 milhões de vendas.

Vídeo incorporado do YouTube

Wii, a salvação da Nintendo

Ver que seus clássicos já não eram mais o suficiente para manter a Nintendo na liderança do mercado foi um tanto quanto duro e ter o menor número de vendas da geração era ainda mais difícil, portanto, se era inovação que os consumidores queriam, era inovação que eles iam ter!

Em dezembro de 2006 chegava ao mercado o Nintendo Wii, primeiro console da história a ter como foco principal os jogos com sistema de captura de movimentos e títulos que pudessem ser jogados por toda a família, uma novidade que poderia acabar não agradando boa parte dos fãs da Nintendo, mas que também poderia trazer novas gerações ao console.

Como já era previsto, as críticas sobre o Wii acabaram se dividindo, muitos elogiavam a inovação proposta pelo controle Wii Remote, mas criticavam o console pela dificuldade de receber jogos de terceiros, que deviam ser adaptados ao sistema de captura de movimentos. Outros diziam que foi uma péssima ideia investir tão alto em uma tecnologia que ainda era pouco explorada, mas também elogiavam a qualidade e maneira com que os jogos foram desenvolvidos para aprimorar a novidade.

Embora muitos não acreditassem no potencial do Wii, a resposta veio com o número de vendas: 101,4 milhões de aparelhos vendidos, tornando-se o quinto console mais vendido da história e garantindo a posição de jogo de console mais vendido de todos os tempos à Wii Sports, que acompanhava o aparelho de fábrica na maioria de suas versões, vendendo 82,54 milhões de cópias. Outros jogos como Mario Kart Wii, New Super Mario Bros Wii e Wii Play, embora tenham recebidos críticas divididas, tiveram boas vendas e aumentaram a vida útil do console.

Vídeo incorporado do YouTube

A atual oitava geração de consoles

Como bem sabemos, estamos vivendo uma transição de gerações, novas tecnologias estão sendo introduzidas e os jogos estão ficando cada vez mais realistas, o que para muitos é um ponto positivo e para outros talvez não seja algo tão interessante. O primeiro console da geração foi o Wii U, lançado em novembro de 2012, o Playstation 4 e o Xbox One, lançados em novembro de 2013.

O que pode tornar a oitava geração um marco na linha do tempo dos videogames não é apenas a capacidades gráfica melhorada ou jogos incríveis sendo desenvolvidos, ela pode se tornar uma época de revolução na indústria. Empresas que já estão dominando o mercado como a Nintendo, a Sony e a Microsoft estão vendo pequenas startups criarem tecnologias incríveis, que podem acabar se tornando uma realidade para os gamers em pouco tempo, mesmo que não as vejamos nessa geração. Se você quiser saber de que tecnologias estamos falando, sugiro que leia a nossa matéria sobre o futuro dos videogames.

Mudanças e expectativas para a nova geração

Até o momento, poucas mudanças são perceptíveis da sétima geração para a oitava, o que mais vemos são jogos remasterizados sendo lançados para mostrar a diferença que um hardware renovado pode proporcionar, o que acaba empobrecendo o repertório de games do console. Claro, tivemos bons jogos sendo lançados como inFamous: Second Son para o PS4, Sunset Overdrive para o XOne e Bayonetta 2 para o Wii U, no entanto, seria ótimo se já tivéssemos uma quantidade relevante de bons jogos no primeiro ano da vida dos consoles, o que não aconteceu.

Por enquanto, o que nos resta é esperar para vermos se a sétima geração ainda vai receber muitos jogos e continuar mantendo o bom mercado que manteve nos anos passados, se games que façam valer a pena a compra de consoles da nova geração vão chegar em breve, e se as tecnologias propostas por startups vão ser valorizadas, melhoradas e implantadas nesta ou na próxima geração.

Vídeo incorporado do YouTube

É com este clima de expectativa que terminamos a nossa série especial de artigos sobre a história dos videogames, se você leu e gostou, não pense duas vezes em recomendá-la para o seu amigo que ama esses aparelhos tanto quanto nós!

Lembrando que, se você ainda não leu as partes anteriores à esta, vale a pena ler para ficar sabendo absolutamente tudo o que rolou desde os primeiros softwares de computados que ocupavam uma sala inteira até os consoles caseiros de hoje, que ocupam um pequeno espaço em sua prateleira. Aqui estão a Parte 1, Parte 2, Parte 3, Parte 4, Parte 5 e a Parte 6.