Na quinta-feira (25), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação publicou no Diário Oficial uma resolução que reconhece 17 métodos alternativos ao uso de animais em atividades de pesquisas no Brasil. Assim sendo, a resolução estabelece o prazo de cinco anos para que os pesquisadores substituam o método original.

Nos próximos dias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), deverá publicar os 17 métodos alternativos para testes de produtos que estão sujeitos à Vigilância Sanitária, como medicamentos, cosméticos e produtos de limpeza em geral. Deste modo, os testes em animais seriam evitados.


Camundongos usados em pesquisas.

Tais experimentos são realizados para que a Anvisa possa conferir a segurança do produto e o método utilizado precisa também ser aprovado pela agência. Para testar se um produto causa alguma irritação na pele, por exemplo, deverá ser feito com pele artificial, e não mais em animais. Além disso, o método in vitro, que usa culturas celulares para avaliar possíveis danos de substancias ao DNA, por exemplo.


Beagles sendo retirados do Laboratório Royal.

Vale lembrar que o tema ganhou bastante notoriedade no fim do ano passado, quando ativistas invadiram o Laboratório Royal, no município de São Roque, que usavam cachorros da raça Beagle para experimentos. Os ativistas, contrários à prática de testes, retiraram os animais. O laboratório encerrou as atividades ainda no ano passado.