Mas será mesmo que não há mais espaço para os desktops? Será que eles tendem a desaparecer do nosso cotidiano e  com o tempo vão virar peças de museu?

Muito provavelmente não. Hoje em dia, com certeza a venda de notebooks é muito superior à de desktops. Principalmente se formos tomar como referência o uso residencial ou apenas para fins recreativos — acessar redes sociais e baixar filmes, por exemplo. Para esses casos, as vantagens do notebook  sobre o desktop são imensas. Inicialmente pela questão do acesso à internet, pois hoje o roteador que gera o sinal wi-fi é muito barato e praticamente todas as residências têm. Isso faz com que seja possível usar o notebook em qualquer lugar, como na cozinha, no quarto, na sala, na varanda etc. Além disso, para quem sai muito de casa, a portabilidade do notebook sempre é um grande diferencial nesse tipo de equipamento.

Por sua vez, pessoas que usam para fins de lazer ou para atividades que não necessitem de tanta capacidade de processamento, vão cada vez mais preferir o notebook. Isso por que hoje é possível encontrar bons modelos por preços acessíveis, os recursos para os notebooks são cada vez mais presentes e, como já foi mencionado, a portabilidade e a facilidade de uso são fundamentais para grande parte da população.

A questão da manutenção é bastante subjetiva, já que varia de acordo com o equipamento escolhido e com a utilização que o usuário faz desse. Por ter seus componentes integrados, algumas manutenções dos notebooks são mais caras e precisam ser avaliadas ainda na hora da compra.  No mais, o notebook é uma máquina bastante útil para quem busca praticidade, bom preço e comodidade.

Porém, o uso do desktop não será totalmente deixado de lado. Isso porque, por seu espaço interno e pelo baixo preço em que se encontra, ainda é muito interessante, principalmente para quem precisa de um desempenho superior. É muito comum vermos empresas que tenham em sua estrutura física muitos computadores desktops, pois os trabalhos realizados neles não necessitam de portabilidade e sim de desempenho. Isso ocorre porque os programas executados nos desktops de empresas precisam de uma maior memória e capacidade de processamento e é esse tipo de máquina que permite uma maior dinâmica de alteração dessas capacidades.

Por isso, creio que jamais teremos a completa extinção dos desktops.

Ramiro Martini, presidente da Cinco TI