De acordo com os pesquisadores Dinei Florêncio e Cormac Herley, da Microsoft, e Paul C. van Oorschot, da Universidade de Ottawa, no Canadá, usar senhas fracas e repetidas é um hábito saudável na web e não precisa ser evitado. O estudo do trio será apresentado durante a conferência de segurança USENIX 2014 em agosto.

Os pesquisadores chegaram a tal conclusão após analisar o grande esforço dos usuários para memorizar todas as senhas. Conforme eles, usar senhas muito complexas dificulta na memorização. Assim, o trio de especialistas defende o uso de senhas fracas e repetidas para serviços que são considerados menos importantes, e as senhas fortes devem ser usadas em locais de mais valor. Em janeiro uma notícia do Oficina mostrou as 25 senhas mais fáceis utilizadas.

Ainda conforme o estudo, o uso de gerenciadores de senha não resolve a questão, já que uma praga virtual poderá em algum momento capturar todas as senhas armazenadas. Além do mais, quando o gerenciador não estiver disponível os usuários terão que decorar as senhas.

A reutilização de senhas pode ser considerada segura, dizem os especialistas. Deste modo, as contas devem ser divididas em grupos que levem em consideração a importância de tal senha. Com isso, se um serviço é considerado seguro e importante, ele se encaixa em um grupo; porém, quando for menos seguro e sem tanta importância. Deverá ficar em outro grupo.

Em suma, os serviços mais relevantes devem conter senhas mais complexas, e os considerados menos importantes, senhas mais simples.