A Índia lançou com sucesso a sua primeira missão para Marte. A nave foi lançada no domingo (1º) e tem como objetivo orbitar o Planeta Vermelho até setembro.

"O foguete está a caminho para chegar a Marte depois de uma viagem de dez meses em torno do Sol", afirmou a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, na sigla em inglês), em um comunicado.

Com o sucesso da missão, a Índia estaria inclusa em um pequeno grupo que conta com os Estados Unidos e Rússia, que já enviaram sondas na órbita de Marte ou mesmo que conseguiram pousar no Planeta.

"É um momento crucial. A Índia entrará pela primeira vez no vasto espaço interplanetário com um aparelho de concepção indiana para demonstrar suas capacidades tecnológicas", afirmou à AFP o diretor daIsro, K. Radhakrishnan.

Chamada de Magalyaan, a missão da Índia ainda terá que enfrentar mais obstáculos durante a viagem para Marte. Menos da metade das missões ao planeta são bem sucedidas.

"Enquanto a Mangalyaan leva 1,2 bilhão de sonhos para Marte, nós lhes desejamos bons sonhos!", disse a agência espacial da Índia em um tweet, logo após o evento, em referência a China.

A China pretende levar um homem na Lua após 2020 e ainda pretende pousar a sua sonda no satélite com a finalidade de explorar a superfície lunar.

A missão da Índia é constituída de tecnologia barata do país, aumentando a chance de poder conseguir um pedaço maior do mercado mundial espacial de 304 milhões de dólares, dizem os analistas.

"Dada a efetividade de custo da sua tecnologia, a Índia é atraente", disse Rajeswari Pillai Rajagopalan, especialista em segurança espacial do instituto de pesquisas Observer Research Foundation em Nova Délhi.

A missão da Índia custou 4,5 bilhões de rupias (73 bilhões de dólares). O valor corresponde a menos de um sexto do que foi gasto pela Nasa com a sua sonda para Marte.