Hoje à tarde, às 16h37 (hora de Brasília), está previsto um grande acontecimento astronômico. O cometa Ison irá alcançar o ponto mais próximo ao Sol, ficando cerca de 1,2 milhão de quilômetros.

Com a proximidade, os astrônomos aguardam ansiosos para observar se o cometa irá sobreviver. De acordo com os estudiosos, pelo grande potencial de brilho nesse momento, o Ison possui duas alternativas: se transformar no "cometa do século" ou mesmo acabar sendo destruído em virtude do calor do Sol e do campo gravitacional.

Perto do Sol o cometa Ison irá enfrentar uma temperatura de mais de 2 mil graus Celsius. 'É como atirar uma bola de neve no fogo. Será difícil sobreviver', afirmou Tim O'Brien, professor associado do Observatório Jodrell Bank, na Grã-Bretanha.

'Mas, por sorte, é um objeto grande e se move rapidamente, então não vai passar muito tempo perto do Sol', acrescentou o professor.

"(O cometa) ficará exposto ao pior que o Sol tem para oferecer. Ficará exposto ao mais intenso calor solar, que vai começar a sublimar (transformar em vapor) o gelo a uma taxa crescente", afirmou Marke Bailey, professor no Observatório Armagh, na Irlanda do Norte.

Porém, caso o cometa sobreviva, o calor do Sol irá agitar a poeira e o gás que está no seu centro, e com isso, ele deixará um rastro de grande brilho no céu.

"Se ele sobreviver, a melhor chance de vê-lo será no começo de dezembro", explicou Robert Massey, da Sociedade Real de Astronomia da Grã-Bretanha.

Os cientistas acreditam que as pessoas do Hemisfério Sul consigam ver melhor o fenômeno.