O Nubank anunciou na segunda-feira, 6 de janeiro, a sua primeira aquisição. A fintech comprou a consultoria Plataformatec, de engenharia de software. Assim, 50 profissionais da Plataformatec agora fazem parte da equipe Nubank, conforme revelou o Estado de S. Paulo. A aquisição teria acontecido pela qualidade do time da empresa. "Nosso maior gargalo hoje é na área técnica e o time da Plataformatec já vinha prestando consultoria para nós há algum tempo, com um nível muito bom de talentos", explica Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank.

Cristina ainda afirma que outras aquisições futuras poderiam acontecer, mas que esse tipo de estratégia será aplicado de maneira cuidadosa. "Aquisição é ferramenta, não pode ser estratégia de negócios. Não adianta adquirir uma empresa que tenha um produto que não seja tão bom quanto o nosso"

O Nubank possui cerca de 500 engenheiros, contratando cerca de 300 profissionais em 2019. Isso representa um aumento de 130% em comparação a 2018. A empresa busca conseguir talentos, "A maior restrição é a qualidade do talento que a gente encontra", afirma Cristina.

Mas a Nubank também está atuando fora do Brasil, com escritórios no México, Argentina, e em Berlim, Alemanha. No total, o Nubank soma 2,5 mil funcionários e foi fundado em 2013 para hoje ter cerca de 20 milhões de usuários somente aqui no Brasil entre NuContas e cartões de crédito Nubank. Para 2020, a empresa tem a ambiciosa projeção de aumentar 50% desse número, chegando a 30 milhões de usuários. "Queremos ser a conta principal das pessoas".

Com tantos engenheiros sendo contratados, o banco digital pode acelerar a entrega de algumas promessas, como a linha de empréstimos pessoais para a NuConta, algo testado desde o ano passado. Esse grupo de profissionais também deve automatizar mais processos e reduzir custos.

Porém, por mais que o Nubank esteja crescendo exponencialmente, o banco não apresenta lucro ainda. No começo de 2019, o Nubank teve um prejuízo contábil de R$ 139 milhões. "Se nós parássemos de crescer hoje, sem absorver novos clientes, que consomem investimentos até gerarem receita, já daríamos lucro", afirma Cristina. "Não é algo que vamos perseguir cegamente. Queremos crescer em ritmo sustentável e com oportunidades de eficiência. Se isso vai nos levar a dar lucro, ótimo."

Entre tantos investimentos, a expansão internacional do banco roxo está na mesa e nos planos para 2020. O primeiro país que deverá receber o cartão de crédito será o México, e logo nos primeiros meses de 2020. "Estamos fazendo testes por lá, a resposta inicial é boa, mas ainda é cedo. Queremos começar a lista de espera por lá". A Argentina também está na mira, mas as autorizações estão atrasando o processo.