Se você também achou pouco promissor um enredo onde uma dupla de policias composta por 1 humano e 1 orc tem de perseguir um bandido que encontrou uma perigosa varinha mágica e acho que ele nunca daria certo; se você ficou ainda mais absurdado por pensar que o protagonista é ninguém mais ninguém menos do que Will Smith e que a Netflix aceitou pagar seu poderoso cachê para vê-lo interpretar uma coisa tão non sense, prepare-se: Bright é um estrondoso sucesso!!

O primeiro blockbuster da empresa contabilizou 11 milhões de telespectadores SOMENTE nos Estados Unidos APENAS nos seus três primeiros dias, de acordo com os números de Nielsen relatados pela Variety. Para você ter noção do quanto isso representa, Stranger Things 2 teve 15,8 milhões de telespectadores ao longo do mesmo período, já a 2ª temporada de The Crown teve "apenas" 3 milhões de espectadores.

Enquanto a Bright foi detonado pelos críticos, o sucesso de público levou a Netflix a divulgar imediatamente uma sequência. Percebe-se que um bom hype significa mais para a empresa do que a sua qualidade (a pontuação de Bright no IMDB, por exemplo, está em 6.6, uma das mais baixas da carreira de Will Smith).

s

Claro que estes números apurados pela Nielsen não são já que a Netflix não libera estatísticas de transmissão, portanto, eles podem não ser totalmente precisos. A metodologia de rastreamento da Nielsen não inclui gadgets e computadores móveis, por exemplo, pois ele puxa os dados referentes apenas àquilo que as pessoas estão visualizando em TVs. E como já disse ali em cima esta audiência é restrita aos espectadores estadounidenses, é claro. Mesmo assim as estatísticas da Nielsen são a melhor maneira de imaginarmos como o público está respondendo às ofertas da Netflix.

O grande próximo passo da Netflix parece já ter sido tomado antes mesmo da estreia de Brigth. Eles já deviam saber do sucesso que seria, tanto que a continuação do longa foi anunciado de pronto.

Agora é só esperar pelos próximos títulos arrasa-quarteirão de 2018, quando a empresa já prometeu gastar US$ 8 bilhões em filmes, séries e demais originais.