Assim como a tecnologia nos ajuda a criar produtos fascinantes, que no passado já foram vistos como impossíveis de serem criados, ela pode também causar prejuízos.

Hoje em dia, é comum vermos famílias reunidas à mesa, na sala de estar ou até mesmo em ambientes públicos, como restaurantes ou bares, com todos usando o smartphone simultaneamente.

Assim como todo vício, o indivíduo afetado tem por padrão achar que não existe problema com esses excessos.

Mas quando uma pessoa demonstra frustração ou fica ansioso por não conseguir acessar o Facebook, Instagram, Twitter, Whatsapp ou outros aplicativos de interação virtual, alguma coisa está errada.

Por diversas questões pessoais uma pessoa pode ser mais ou menos dependente de suas redes sociais e outros serviços na internet.

Relações off-line nos mantém saudáveis, abra mão de suas relações on-line e seja mais feliz!

Você sabia que 9 em cada 10 brasileiros não conseguem ficar longe do celular por mais de 1 hora?

Enviar mensagens de áudio por preguiça de digitar, jogar durante reuniões de trabalho, usar fone de ouvido mesmo sem ouvir nada para não serem incomodados. São os hábitos que aumentaram entre os brasileiros e seus smartphones, segundo pesquisa realizada pela Hibou.

O estudo acendeu o alerta sobre dependência de internet e o vício em redes sociais.

O estudo contou com mais de 2 mil brasileiros que possuem smartphones, entre 16 e 45 anos e analisou comportamentos inusitados na relação deles com seus celulares.

  • 91% dos brasileiros não conseguem ficar longe do celular por mais de 1 hora.
  • 64% dos entrevistados afirmaram que já colocaram o fone de ouvido e plugou no celular, com ou sem música, só para não terem que conversar com ninguém.
  • 66% dos brasileiros afirmaram que, caso acordem no meio da noite, costumam sempre dar uma olhada no celular. Um crescimento de 10% em relação a 2018.
  • Sobre aplicativos, 69% dos brasileiros este ano afirmaram que ao menos metade de seus apps ficam logados o tempo todo em seus celulares.
  • 73% dos brasileiros pedem mais comida delivery que antes por conta da facilidade do app em seu celular.
  • Hoje, 42% dos brasileiros pagam a maioria de suas contas pelo aplicativo do banco. Em 2018 eram 34%.
  • 85% dos brasileiros disseram que é através do celular onde mais acessam as redes sociais. Em 2018 eram 74%, um crescimento de 15%.
  • 60% dos entrevistados afirmaram que perdem a noção do tempo vendo posts e vídeos no celular.
  • 54% das pessoas consultam preços de produtos pelo celular quando vêem algo interessante em uma loja física.
  • 88% dos brasileiros afirmaram que já caíram em uma fake news pelo celular.

Antes de seguir fiz questão de mostrar alguns dos números desta pesquisa pois ela chama atenção exatamente para ambos os lados.

Você tem uma ótima ferramenta nas mãos, por esse motivo você a utiliza muito, logo, a chance desse "usar muito" vir a se tornar uma dependência é enorme.

Existem os que utilizam tais serviços por serem tímidas, enxergando a internet como uma proteção para acertos e erros. Isso torna o aprendizado social mais confortável.

Por outro lado existem aquelas pessoas que aparentemente não possuem problemas de interação, pelo contrário, são muito extrovertidas, mas que erroneamente se acham imunes a tal dependência, é aí que mora o perigo.

Existem ainda às que não estão satisfeitas com a própria vida e ficam ainda mais frustradas vendo nas redes sociais a vida de outras, mais bonitas, com mais dinheiro, mais sucesso, etc.

Mas se esquecem de que as pessoas, inclusive ela, só compartilham com outras o que lhe convém.

Então lembre-se, "a grama do vizinho não é mais verde do que a sua", alí tem Photoshop e muitos outros filtros pra tudo ficar lindo!

Independente da pessoa, quando o vício atinge graus alarmantes, tipo, sem celular não sai de casa, fica incomodada ao ver outra pessoa usando um smartphone, automaticamente busca o seu com a sensação de que está perdendo algo, existe um problema sério acontecendo.

Essa pessoa precisa de ajuda!

Em alguns casos, assim como o de dependência de drogas, existe até a indicação de psicoterapias e até psicofármacos. Podendo se estender até a internações para se abster do uso da internet.

Assim como na dependência química, parte do problema é a pessoa não enxergar que precisa de ajuda e que sozinha não conseguirá resolver seu problema.

Infelizmente assim como não existe um consenso sobre como às redes sociais e o uso mais amplo da internet pode afetar cada um de nós, também não existe um tempo uso que podemos chamar de saudável para pessoas adultas.

No entanto, para as crianças e adolescentes, o tempo máximo estimado como ideal gira em torno de duas horas por dia e esse tempo não inclui o tempo gasto com lições ou trabalhos escolares.

Dependência dos "Likes"

Um outro grande problema relacionado às redes sociais é o desejo desenfreado pelos "likes".

A pessoa pode se julgar melhor ou pior que as outras dependendo do que compartilha e o quanto aquilo foi "aceito". Isso pode gerar dois problemas, uma euforia momentânea ou uma frustração persistente. (isso definitivamente lembra o efeito de drogas).

É muito importante se policiar. Além disso é bom poder sempre contar com a ajuda de quem está próximo. A interação "off-line" pode ajudar e muito a afastar o uso do smartphone e do computador, mantendo a mente saudável.

E o melhor, não estar sozinho significa que além de se autopoliciar, você e a pessoa ou lado, seja seus filho(a), cônjuge, parentes entre outros, podem se ajudar.

Todo excesso faz mal!