A indústria de smartphones sentiu com mais força os impactos causados pela pandemia de COVID-19 no segundo trimestre de 2020, período que diversos países enfrentaram picos da doença. Devido a esses acontecimentos, o setor registrou uma queda recorde.
De acordo com informações compartilhadas pela empresa de consultoria TrendForce, 268 milhões de smartphones foram produzidos durante esse trimestre. Isso representa uma queda de 16,7% quando comparado ao mesmo período de 2019, sendo a maior queda trimestral na comparação ano a ano da história do setor.
O relatório aponta que a Samsung foi uma das empresas mais afetadas, afinal, Estados Unidos, Índia e Europa, mercados importantes para a empresa, sofreram bastante durante esse perído. Ainda assim, a gigante sul-coreana conseguiu manter a liderança global no ranking de maiores produtoras de smartphones, seguida pela Huawei e Apple.
Vale lembrar que esse é o cenário compartilhado pela TrendForce, dado que uma pesquisa feita por outra empresa de consultoria, a Canalys, aponta que a Huawei fechou o segundo trimestre em primeiro lugar, deixando sua grande rival para trás.
O cenário é ruim, mas a Apple cresceu
Apesar da queda geral no setor, a Apple conseguiu aumentar sua produção em 8% quando comparado ao primeiro trimestre deste ano. A TrendForce revelou que isso se deve especialmente ao grande sucesso do iPhone 11 e do iPhone SE (2020), modelos mais "acessíveis" da marca que têm registrado um sucesso considerável em diversos mercados.
Por outro lado, a TrendForce não descarta a possibilidade das restrições impostas pelos Estados Unidos afetarem negativamente a Apple. Isso porque, caso as sanções proiba que a gigante de Cupertino mantenha negócios com empresas chinesas, ela terá que remover aplicativos e serviços chineses dos seus smartphones, algo que pode causar um grande impacto nas vendas de iPhones na China.
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