O futuro das redes de internet será, sem dúvida, estrelado pelas redes 5G e pelo Open-RAN. O 5G é a porta de entrada para as múltiplas novas tecnologias que precisarão de uma conexão de alta velocidade, enquanto o Open-RAN é simplesmente a chave para democratizar esse acesso.

O que é Open-RAN?

O Open-RAN (Open Radio Access Networks) é um movimento que tenta democratizar partes da rede de telecomunicações, e assim não depender de grandes fabricantes de equipamentos de telecomunicações, como a Huawei.

E mesmo sem geopolítica, o movimento está se expandindo. O Facebook já suporta o Open-RAN com seu Projeto Infra de Telecomunicações, enquanto algumas das maiores operadoras de telefonia do mundo, a Vodafone e Telefônica, querem mais códigos abertos. Para estes, o Open-RAN representa uma maneira de reduzir custos e poder das grandes fabricantes.

A arquitetura Open-RAN combina o software de estação base modular com hardware comercial, atribuindo componentes de banda base e unidade de rádio de fornecedores isolados para operação conjunta perfeita, quer haja elementos RAN virtualizados / desagregados ou não. O Open-RAN está tomando impulso, em um estágio inicial de adoção comercial pela comunidade sem fio global.

Objetivos do Open-RAN

Um dos objetivos do movimento Open-RAN é estabelecer uma arquitetura que evolua redes celulares em um RAN aberto e inteligente, ao mesmo tempo em que corresponda aos padrões 3GPP. Com o Open-RAN, os operadores poderiam implantar redes com alguma combinação entre provedores de unidades remotas e unidades distribuídas e unidades centrais.

Além disso, uma abordagem de RAN aberta poderia fornecer flexibilidade adicional para atender aos requisitos de aplicativos 5G. Especificamente, o 5G suporta aplicações verticais com diferentes requisitos de rede em termos de desempenho, capacidade e latência.

A influência do governo chinês sobre a Huawei

A Huawei é a fornecedora líder de equipamentos tecnológicos 5G no mundo todo. Entretanto, diversos setores envolvidos com o suprimento de novas tecnologias tem uma grande preocupação no que se refere a influência do governo chinês sobre a empresa, e por isso, operadoras e outros governos estão a procura de alternativas como o Open-RAN

As outras opções ao Open-RAN são um monopólio chinês não confiável (e atacado pelos Estados Unidos) ou um duopólio nórdico não testado (Ericsson e Nokia). Por isso, a tecnologia Open-RAN é uma alternativa que está atraindo muita atenção.

A Vodafone anunciou que usaria o Open-RAN no Reino Unido para substituir os equipamentos da Huawei. Ainda é um trabalho em andamento, mas os ventos são favoráveis. Além disso, para adicionar um elemento de morbidade, nos bastidores há uma disputa de poder entre as duas personalidades japonesas mais importantes da tecnologia.

Para você entender, são três fabricantes de tecnologia (Ericsson, Huawei, Nokia) que dominam o mercado de redes móveis. Isso está pesando no custo dos equipamentos e nas capacidades de inovação. Ao produzir especificações de interface verdadeiramente abertas, a aliança O-RAN visa permitir que qualquer fornecedor ofereça soluções de hardware e software que trabalhem com essas arquiteturas 5G padronizadas.

Graças a essas interfaces, o Open-RAN permite que a rede de acesso seja virtualmente cortada em pedaços menores. A barreira à entrada em termos de pesquisa e desenvolvimento é então menor; isso promove o acesso do mercado a novas fabricantes.