Apesar do anúncio de que os Correios iriam entrar em greve, muitos podem ter ficado confusos ao ver os funcionários nas ruas nesta quinta-feira, 1º de agosto. A situação começou quando a greve foi anunciada após uma reunião, realizada na última terça-feira, 30 de julho. Entretanto, o Tribunal Superior do Trabalho pediu aos colaboradores uma nova reunião, para negociação, na noite de ontem, 31 de julho. Os funcionários presentes decidiram não entrar em greve e aguardar a mediação que está sendo conduzida pelo TST, que pediu prazo até o dia 31 de agosto para avaliar o impasse entre os trabalhadores e os Correios como empresa. Foi decidido, então, que não haverá greve neste período (de 30 dias). As assembleias em todo o país resolveram aceitar o pedido do Tribunal, mas vão manter o Estado de Greve, a fim de garantir legalidade no movimento.


Segundo a Sintect-SP - Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, o vice-presidente do TST não apresentou propostas na audiência. Foi apresentada a prorrogação do acordo coletivo, manutenção do plano de saúde para os pais em atendimento de urgência e emergência, e a suspensão de qualquer ato grevista, até 31 de agosto.


A Findect e os sindicatos filiados defendem as posições aprovadas nas assembleias pelos trabalhadores, que são: rejeitar a proposta apresentada pela direção da empresa - que consiste na retirada de direitos e reajuste de 0,8% nos salários e benefícios -, aprovar o Estado de Greve, ampliar as mobilizações e atos, e intensificar as reuniões de esclarecimentos nas unidades, além de dar prosseguimento ao processo de negociação do ACT 2019/2020 até o dia 31 de agosto.

A paralisação geral não vai ocorrer, ao menos nesses 30 dias, mas tudo pode mudar se o TST não apresentar uma proposta que contemple o Sindicato e os funcionários.

Na internet, mais precisamente no Twitter, várias pessoas se manifestam sobre o assunto. Confira o que publicou o juiz do Trabalho, Rogerio Neiva, em seu perfil: