A "taxa das blusinhas" volta a ser assunto das conversas em Brasília depois do tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil, liderado por Donald Trump. O governo Lula estuda encerrar a cobrança do imposto federal sobre compras internacionais de até US$ 50 na tentativa de "agradar a China", beneficiando diretamente plataformas como Shein, AliExpress e Shopee.
Pressão política e impacto na Bolsa
Por trás da medida também está o desejo de melhorar a imagem do presidente Lula junto à população, já que ele próprio criticou a taxação quando sancionou a medida, alegando ter sido pressionado por líderes do Congresso Nacional, especialmente do centrão. A articulação política, segundo o Planalto, envolveu forte lobby de varejistas nacionais interessadas em limitar a concorrência internacional.
Com os novos movimentos do governo sugerindo o fim da cobrança, a reação do mercado foi imediata. Ações de grandes varejistas brasileiras caíram na Bolsa de Valores, refletindo o temor de que o retorno da isenção afete diretamente suas vendas e lucros.
Congresso em disputa

A confusão política também ganhou palco no Congresso. Um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derruba a taxa foi proposto após um embate entre o deputado Kim Kataguiri e o líder do PT, Lindbergh Farias. A proposta, no entanto, ainda não foi assinada por Lindbergh, mesmo após ter sido desafiado a fazer isso ao vivo.
Enquanto isso, parlamentares da base do governo seguem em articulação com nomes do centrão para tentar encerrar de vez a cobrança. A medida ainda não foi oficialmente confirmada, mas tudo indica que uma mudança está próxima.