A disputa entre Google e Microsoft no mundo da inteligência artificial está prestes a esquentar. Documentos revelados em um julgamento antitruste confirmam que o Google vai integrar o Gemini, seu assistente de IA, diretamente no navegador Chrome para Windows 11 e 10. O movimento coloca o Google em rota de colisão com a Microsoft, que já vem empurrando o Copilot em todos os cantos do Windows.
Gemini direto no Chrome: o que sabemos até agora
O plano do Google é ambicioso: levar o Gemini Live, uma versão interativa e conversacional da IA, para dentro do navegador mais usado do planeta. E isso não é mais uma teoria. É oficial, embora a empresa ainda não tenha feito um anúncio público.

Slides internos exibidos durante o processo dos EUA contra o Google confirmam que a integração está em desenvolvimento e deve começar a aparecer em 2025, com testes já acontecendo nos bastidores.
Essa integração representa uma clara tentativa do Google de disputar espaço com a Microsoft no ambiente Windows. O mais curioso é que, ao contrário da Microsoft, o Google parece não ter planos de criar um app nativo do Gemini para Windows. Tudo indica que o navegador será o "portal" para a IA, com atualizações programadas para depois do Google I/O 2025, que acontece nos dias 20 e 21 de maio.
Como o Gemini vai funcionar no Windows
De acordo com informações encontradas no código do Chromium (nome do projeto de código aberto por trás do Chrome), o Gemini vai funcionar como um widget flutuante e redimensionável. Ele poderá ser acessado a partir de um novo ícone na bandeja do sistema do Windows, mesmo se o navegador estiver fechado.
Ou seja, o Chrome vai ganhar um "atalho" fixo na barra de tarefas que dá acesso direto à IA do Google. Esse funcionamento lembra muito as primeiras versões do Copilot quando a Microsoft começou a integrá-lo ao Windows 11.
O codinome interno da ferramenta é "Glic", e há diversas referências a esse nome nas versões experimentais do Chrome Canary. Os engenheiros do Google já estão testando o comportamento do botão na bandeja, incluindo como o widget deve abrir, fechar e manter posição na tela.

Apesar dos vazamentos, o Google ainda guarda segredos. Documentos internos citam recursos "confidenciais" previstos para depois de 2025. O que exatamente isso significa ainda é um mistério, mas pode envolver novas formas de integração do Gemini com os serviços da empresa, ou até uma reformulação da experiência do Chrome com IA embarcada.
A grande questão agora é: os usuários do Windows vão preferir usar o Gemini em vez do Copilot ou mesmo o ChatGPT? O que você acha?