A câmera de Cyberpunk 2077 foi a primeira grande polêmica envolvendo o jogo, começando muito antes de seu lançamento e das discussões sobre os problemas que vieram com ele. A escolha da CD Projekt Red em não permitir que os jogadores jogassem o título em terceira pessoa causou descontentamento, inclusive fazendo com que muitos desistissem de comprar o jogo e abandonassem o trem do hype.

A polêmica durou meses. Alguns jogadores afirmavam que perder o interesse no jogo era exagero, mas outros não entendiam para que tanta customização - algo prometido pela CD Projekt Red - se você não seria capaz de ver seu personagem.

Após o lançamento do jogo, os modders não perderam tempo para tentar oferecer uma experiência em terceira pessoa aos fãs que esperavam por esta oportunidade. Como nós sabemos, o mundo dos mods muitas vezes entrega conteúdos fantásticos - e alguns nem tanto - e com Cyberpunk 2077 isso certamente não seria diferente. Sendo assim, uma câmera em terceira pessoa já foi adicionada ao jogo, demonstrando como o título seria com esta opção.

Vale lembrar que o mod ainda não está disponível para download, pois ainda é um protótipo, mas com um vídeo divulgado os jogadores já podem sentir um gostinho de como seria aventurar-se no RPG futurista desta forma.

Confira o vídeo.

Desenvolvedores revoltados com a CD Projekt Red

Além de fãs revoltados, pedidos de reembolso e a remoção de Cyberpunk 2077 da PS Store, a CD Projekt Red também está enfrentando a fúria de seus desenvolvedores, que reuniram-se com os diretores do estúdio para questioná-los a respeito dos problemas no lançamento.

Segundo fontes relataram a Jason Scheirer, jornalista da Bloomberg, desenvolvedores do jogo realizaram uma videoconferência com diretores da gigante polonesa e conversaram sobre uma série de assuntos importantes e até mesmo polêmicos. Mudanças na reputação da empresa, problemas trabalhistas, excessos de horas extras e prazos impossíveis de trabalho foram tópicos da reunião. De acordo com a Bloomberg, diferentes desenvolvedores citam que os cronogramas eram definidos pelos diretores, apresentando números irreais de trabalho. Ainda é afirmado que o jogo precisava de mais tempo, mesmo que o trabalho fosse feito em seis dias por semana.

Um dos desenvolvedores chegou a ironizar que o jogo é uma crítica sobre corporações abusivas, sendo que o título foi desenvolvido com horas de trabalho excessivo dos funcionários. A resposta para isso não teve aprofundamento.

Outra pessoa da equipe questionou o fato de que, em janeiro, a empresa afirmou que o jogo já era jogável e completo, porém com o lançamento isto mostrou-se uma mentira. A respeito disso foi informado que a direção se responsabilizaria pelo assunto.