Com o argumento de que o Facebook possui "muito poder sobre nossas vidas e sobre a democracia", alguns grupos de ativistas criou uma campanha nesta segunda-feira, 21, com a proposta de separar os aplicativos WhatsApp e Instagram da grande rede social. Como forma de divulgação para ganhar apoio, os grupos criaram um site, uma página no prórprio Facebook e um perfil no Twitter

Essa divulgação tem como objetivo angariar apoio para uma petição à Comissão Federal de Comércio dos EUA, a FTC, para demandar o desmembramento do Facebook, desligando aplicativos como o Instagram, o WhatsApp e o Messenger, que atualmente são aplicativos da rede social, e transformem-os em redes separadas e concorrentes. A campanha quer que regras fortes de privacidade sejam implementadas na rede social. 

Segundo o G1, os grupos afirmam que o Facebook e seu dono, Mark Zuckerberg, já acumularam um poder de quantidade assustadora. Eles acrescentam que a rede social é responsável por decidir sobre as notícias que as pessoas irão ver, sobre a compra ou a falência de potenciais concorrentes a fim de proteger seu monopólio, chegando a matar a inovação e a escolha. "Ele rastreia quase todos os lugares que acessamos na internet e, através de nossos smartphones, até aonde vamos no mundo real." 

A decisão das entidades por trás do Freedom from Facebook se formou com base no escândalo da rede social com a Cambridge Analytica e o mal uso de dados de mais de 87 bilhões de usuários. Os grupos também querem tornar possível por meio da campanha que os usuários de redes sociais concorrentes possam se comunicar uns com os outros. 

A campanha ainda quer lançar campanhas publicitárias que destacam frases como: "Facebook continua violando sua privacidade. Rompa com isso" e "Mark Zuckerberg detém uma quantidade assutadora de poder. Nós precisamos tomá-la de volta."

Um porta-voz da empresa disse que "o Facebook está em um ambiente competitivo onde as pessoas usam nossos aplicativos ao mesmo tempo em que usam serviços gratuitos oferecidos por muitos outros." Ele acrescenta ainda que uma pessoa comum utiliza oito aplicativos diferentes para se comunicar e permanecer conectado. 

Uma decisão drástica assim não é fácil de se tomar, o FTC deve avaliar bem a situação antes de tudo, mas parece improvável que um monopólio como o Facebook seja derrubado por uma campanha, mesmo se ela conseguir fazer um certo barulho. 

Fontes: G1 e Tec Mundo