Spotify está testando um reajuste de 13% no plano familiar no mercado escandinavo. O teste se baseia em analisar a aceitação do aumento de preços, monitorar se os assinantes se mantém, se saem, se continuam surgindo novos assinantes e entre outros dados que a empresa utiliza para avaliar se é de fato possível aplicar o reajuste em mais diversos países.

Na Escandinávia, o preço do pacote familiar é de US$15,00 por mês, e será sobre esse valor que será aplicado o reajuste. Os atuais preços para o Brasil do plano individual e familiar são de respectivamente R$16,90 e R$26,90, sendo que o familiar disponibiliza o serviço para até cinco membros.

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O maior desafio que uma plataforma de streaming de música como o Spotify tem ao tratar de aumento de preços é justamente a competição que fornece basicamente o mesmo serviço. Por exemplo, recentemente o próprio Youtube lançou o Youtube Music que tem preços similares e um acervo tão amplo quanto. Então, reajustes são algo muito delicado para esse tipo de serviço.

Diferentemente da Netflix e streaming de vídeo que produz conteúdo exclusivo e produções próprias, o conteúdo pouco diferencia entre o streaming de música. Por isso, mesmo a Netflix já teve mais de um reajuste desde 2016 e sem perder assinantes, se tornando alternativa mais que viável e mais em conta para a TV por assinatura.

Porém, mesmo o Spotify sendo líder de mercado, fechando o primeiro semestre de 2019 com 108 milhões de assinantes pagantes, a empresa ainda é deficitária e luta para gerar lucro. Além disso, desde 2016 o serviço mantém seus preços congelados, desconsiderando inflação. Não há previsão para o reajuste chegar aqui e tampouco garantia que o reajuste se manterá, mas caso o Spotify não consiga implementar um aumento de preços ou captar mais renda de outras maneiras, a empresa enfrentará sérios problemas econômicos.