Será que tentar medir o bem-estar pode aumentar o bem-estar de uma pessoa? De acordo com uma tese de doutorado na Finlândia, sim. O estudo mostra o potencial da metrificação do bem-estar global para a população global. Através de dados de wearables (dispositivos eletrônicos vestíveis), como um anel inteligente, é possível avaliar em tempo real o bem-estar de uma pessoa em um futuro próximo.

Alguns dos resultados principais da pesquisa fora:

  • A tecnologia de wearables permite que os usuários tenham mais responsabilidade com o bem-estar de seus corpos.
  • Comparando com os melhores testes disponíveis, os dispositivos utilizados fornecem um feedback confiável.
  • Dados de wearables, ao serem analisados por um longo período, revelam fenômenos nunca vistos antes com grande potencial de impactar à saúde.

De acordo com o autor da tese, Hannu Kinnunen:

"Medir muitos aspectos do bem-estar pode ser realizado de forma precisa e confiável com a ajuda da tecnologia atual. No entanto, a responsabilidade pelo próprio bem-estar é da própria pessoa. Graças aos produtos da tecnologia de bem-estar, pode-se fazer escolhas sobre a própria vida e, ao mesmo tempo, estar mais ciente de seus efeitos pessoais."

A tecnologia dos wearables proporciona conhecimento, poder e responsabilidade

O trabalho de doutorado realizou uma análise de dois produtos de bem-estar, o Polar Active e o Oura Ring. Comparando seus dados com outros testes disponíveis, o feedback foi considerado confiável. Em termos de tamanho, o menor dispositivo utilizado foi um anel que pesa aproximadamente 4 gramas. Através de seu medidor de batimento cardíaco, foi possível analisar a variação da frequência cardíaca descrevendo a recuperação do usuário (quase tão preciso quanto o ECG).

Frequência cardíaca média em repouso noturno de usuários com wearable em formato de anel para pessoas do Norte (acima, n = 1.400-56.000) e do hemisfério sul (abaixo, n = 120-1.500). Duração do pôr do sol ao nascer do sol em Nova York (acima) e Melbourne, Austrália (abaixo) plotada com linha vermelha para marcar a variação sazonal à luz do dia. Fonte: ACM
Frequência cardíaca média em repouso noturno de usuários com wearable em formato de anel para pessoas do Norte (acima, n = 1.400-56.000) e do hemisfério sul (abaixo, n = 120-1.500). Duração do pôr do sol ao nascer do sol em Nova York (acima) e Melbourne, Austrália (abaixo) plotada com linha vermelha para marcar a variação sazonal à luz do dia. Fonte: ACM

Outros fatores foram analisados através dos dados dos wearables como, por exemplo, a atividade física diária, o horário ideal para o sono e comportamentos que influenciam a saúde e afetam a frequência cardíaca quando um indivíduo está em repouso. De acordo com os dados coletados e analisados pelo estudo, Hannu diz:

"Sabemos, por exemplo, de estudos anteriores que há uma ligação entre a frequência cardíaca em repouso e a saúde cardíaca. Nesta dissertação, foi descoberto que nossas frequências cardíacas noturnas costumam aumentar nos fins de semana. Durante as férias de verão, os níveis de frequência cardíaca caem para seus níveis mais baixos. Somente estando cientes desses ritmos podemos tomar decisões que melhoram nosso bem-estar - por exemplo, mantendo uma hora de dormir regular"

Para mais informações sobre o estudo, acesse o artigo de Hannu Kinnunen aqui.

O que achou desta utilização dos wearables voltada para o bem-estar das pessoas? Comente abaixo e compartilhe conosco a sua opinião!