A Tronsmart Bang SE é uma caixa de som Bluetooth intermediária que promete uma boa potência, para tocar com um volume mais alto, mas será que ela é realmente boa? Analisei ela por um bom tempo e cheguei há algumas conclusões que podem ou não o estimular a investir neste modelo. Confira os prós e os contras deste produto para saber se vale ou não a pena comprá-lo.

A princípio, quando recebi a Bang SE da Tronsmart, me veio a ideia de que ela entregaria uma qualidade de som interessante, além de um volume capaz de preencher com facilidade ambientes abertos em que o público não esteja tão afastado como, por exemplo, um churrasco na área gourmet de uma casa. Se design de alto falantes chama a atenção e sua estrutura é robusta, passando a sensação de ser um produto robusto. Mas com o passar do tempo, não foi bem isso que aconteceu.

Construção e portabilidade

Análise/Review da caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang SE. Fonte: Vitor Valeri
Análise/Review da caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang SE. Fonte: Vitor Valeri

Ao segurar a Bang SE na mão pela alça fixa, que é feita do plástico rígido utilizado em grande parte de sua estrutura, senti uma sensação de estar carregando um produto que contava com uma qualidade de construção sólida. Além disso, há uma alça removível para pendurar a caixa de som no ombro e liberar as mãos do usuário para carregar outras coisas ao mesmo tempo.

Creio que o peso mencionado acima seja devido à bateria de 4000mAh/7,4V somado aos alto-falantes maiores na parte frontal e ao par de subwoofers na lateral. Note que esta caixa de som tem o alto-falante responsável pelos médios e agudos direcionado somente para um lado ao invés de ser em todas as direções como ocorre na Tronsmart T7, que avaliamos recentemente no Oficina da Net.

Visão do subwoofer na lateral da caixa de som Tronsmart Bang SE. Fonte: Vitor Valeri
Visão do subwoofer na lateral da caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang SE. Fonte: Vitor Valeri

Após utilizar a T7, que ocupa tão pouco espaço na superfície e apresenta uma qualidade de som honesta, confesso que achei o design da Bang SE um pouco desanimador. O apoio desta caixa é feito de forma horizontal e como ela é grande em termos de volume, o usuário não poderá apoiá-la em qualquer lugar. Isso acaba afetando de certa forma a portabilidade em certos cenários.

A qualidade de som da Tronsmart Bang SE é boa?

Inicialmente, ao ouvir a Bang SE da Tronsmart pela primeira vez, senti uma grande definição, clareza no som reproduzido. Entretanto, ao tocar diversos estilos de música, pude perceber que na verdade havia ali uma grande atividade nos agudos que pode incomodar aqueles mais sensíveis às frequências mais altas. Isso é amenizado de certa forma ao ativar o recurso "sound pulse" [1], que aplica um DSP que aplica uma equalização para aumentar os graves, deixando os agudos menos evidentes.

[1] O recurso sound pulse é ativado pelo botão físico na caixa de som, que fica do lado direito do botão de ligar/desligar da caixa de som, que é o último do lado esquerdo).

Caixa de som Tronsmart Bang SE. Fonte: Vitor Valeri
Caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang SE. Fonte: Vitor Valeri

Quanto mais eu utilizava a Tronsmart Bang SE, mais notava que não havia uma maneira definitiva de fugir da estridência do som produzido por esta caixa de som. Mesmo ao ativar o "sound pulse", ainda sentia uma certa agressividade dependendo da música que estava sendo reproduzida.

Os graves sem o "sound pulse" ativo, dão a impressão de serem suaves devido aos agudos mais destacados na apresentação, enquanto os médios possuem uma boa definição e parecem estar em linha (neutros) considerando a sonoridade no geral. Entretanto, eles podem soar mais "frios" ("sem vida") quando o "sound pulse" está inativo.

Botão Sound Pulse da caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang SE. Fonte: Vitor Valeri
Botão "Sound Pulse" da caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang SE. Fonte: Vitor Valeri

Os agudos da Bang SE certamente trazem uma sensação de definição e de som mais aerado (mais espaço, separação, entre os instrumentos no palco). Entretanto, devido um provável pico nos médios agudos na faixa dos 3Khz, a região das altas frequências podem fazer com que fique cansativo escutar determinados estilos de música que não contêm muita atividade nos graves. Devido a este comportamento, acabei preferindo a Tronsmart T7 à Bang SE, mesmo que claramente há uma menor capacidade de reprodução de detalhes na T7.

Tronsmart Bang SE: Capacidade de duração de bateria

A duração de bateria da Tronsmart Bang SE é impressionante. Como eu a utilizei somente nos finais de semana por mais ou menos 2h no dia, ainda não consegui drenar totalmente a carga da caixa de som. De acordo com o fabricante, a Bang SE é capaz de reproduzir continuamente por até 24 horas, mas após zerar a bateria, é necessário recarregá-la por 5h para que ela atinja 100% novamente.

A Tronsmart Bang SE é resistente à água?

Embora a Tronsmart fale que a Bang SE tenha certificação IPX6, eu não cheguei a testar de fato sua resistência a água. Entretanto, creio que ela realmente tenha um bom nível de resistência à água, pois os buracos em sua tela são muito pequenos e acho que é o único lugar por onde um líquido entraria na parte interna mais facilmente.

Proteção das conexões feita por uma placa de borracha na traseira da caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang SE. Fonte: Vitor Valeri
Proteção das conexões feita por uma placa de borracha na traseira da caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang SE. Fonte: Vitor Valeri

Conclusão

Atualmente a Tronsmart Bang SE custa aproximadamente R$ 480 na loja oficial da Tronsmart no Aliexpress. Entretanto, só acho que vale a pena recomendá-la para aqueles que tem um gosto musical que pende para gêneros onde há uma atividade maior nos graves do que nos médios e agudos. Do contrário, devido à agressividade dos agudos e o meu gosto por álbuns de Jazz, instrumentais e MPB, por exemplo, eu prefiro a Tronsmart T7, que custa cerca de R$ 294.