Uma pesquisa realizada pelo Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, informou na terça-feira (31) a Folha de S. Paulo que a chegada do Uber, assim como de outros aplicativos, como Cabify e 99, não afetam de maneira significativa a atividade dos taxistas, como as associações dos taxistas no Brasil alegam contra o funcionamento dos apps de mobilidade.

O estudo revelou inclusive que a chegada dos apps gerou um novo mercado e despertou a necessidade de usuários que não utilizavam táxi. Com isso, os aplicativos de transporte conseguiram ampliar o mercado de transportes individuais nas cidades pesquisadas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília através de preços mais acessíveis, sem interferir na atividade exercida pelos taxistas.

Pesquisas revelam que atividade dos taxistas não são influenciada de maneira significativa pelo apps de mobilidade
Pesquisas revelam que atividade dos taxistas não é influenciada de maneira significativa pelo apps de mobilidade

Além da pesquisa do Cade, a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) realizou um estudo que revelou a mesma coisa, que o impacto na atividade dos taxistas é mínimo. Esta pesquisa foi realizada considerando a entrada do Uber no Brasil quando começou a circular nas cidades de Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte entre os anos de 2014 e 2015, além dos impactos que o aplicativo poderia ter ocasionado na atividade dos taxistas entre os anos de 2015 e 2016 quando o Uber chegou também as cidades de Curitiba, Goiânia, Fortaleza, Recife e Salvador.

A conclusão foi a mesma obtida pelo Cade, em que o mercado de transporte individual só cresceu com a chegada do Uber e de outros serviços, atraindo usuários que nunca usavam táxi com frequência. Segundo economistas, a queda na renda de muitos taxistas como vem sendo informado pelas associações no Brasil, na verdade, assim como revelam os estudos, não seria por conta dos aplicativos de mobilidade e sim, um reflexo da crise econômica pela qual o país vem passando. Sendo assim, com ou sem Uber, certamente os taxistas teriam sentido as mudanças no setor.