No primeiro trimestre deste ano, a Xiaomi registrou prejuízo de US$ 1,1 bilhão, de acordo com documentação fornecida a autoridade chinesa do mercado de capitais pela companhia. A Xiaomi tem marcada a sua oferta pública de ações (IPO, sigla em inglês) para o começo de julho na Bolsa de Valores de Hong Kong.

Com isso, a companhia almeja levantar cerca de US$ 10 bilhões. Caso a companhia consiga mesmo alcançar este nível, a mesma terá seu valor de mercado avaliado em US$ 100 bilhões. A empresa também teria enviado documentos com novos detalhes financeiros à Comissão Regulatória de Valores Mobiliários da China (CSRC), para ser listada também na China Continental.

Entretanto, atualmente, o que os papeis revelam são contas negativas, que a companhia se encontra no vermelho. No ano de 2017, a empresa teve perdas de US$ 6,9 bilhões. Já em 2016, a companhia teria obtido lucratividade de US$ 77,2 milhões.

Com grande dependência do mercado chinês, a companhia obteve 72% das receitas da companhia em 2017 da China. Porém, o faturamento que a Xiaomi obtinha anteriormente no mercado era muito maior, e atualmente, os resultados não vem sendo nada satisfatórios. Isso porque em 2015, a fabricante de smartphones obtinha 94% do seu faturamento da China, já em 2016 houve queda nessa fatia de mercado, alcançando somente 87%.

Xiaomi pretende levantar US$ 10 bilhões
Xiaomi pretende levantar US$ 10 bilhões

Acredita-se que esses resultados sejam consequências das atitudes da companhia, quando optou por uma expansão internacional, chegando em 2015 ao mercado brasileiro, mas em 2016 a fabricante chinesa acabou desistindo de realizar lançamentos por aqui. O brasileiro Hugo Barra, que liderava as ações da empresa em solo brasileiro acabou deixando a Xiaomi e em 2017 passou a assumir os trabalhos com realidade virtual do Facebook.

 Agora a companhia vai abrir capital IPO, após prejuízo de 1 bilhão no 1 trimestre, para que a mesma consiga chegar em um valor de mercado avaliado em US$ 100 bilhões.