Agora que já listamos os melhores celulares para jogos, é a vez de listar os piores. Para montar essa lista eu dei uma olhada em todos os smartphones que testamos em 2025, selecionando os piores custo benefício da atualidade. Esses são os celulares que chamam a atenção negativamente, seja pelo preço muito acima da concorrência ou pela performance em games abaixo do esperado.

5 - Realme GT 7: Flagship killer com preço de flagship

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Iniciando a nossa lista, a quinta colocação é ocupada pelo Realme GT 7. Esse celular é da classe "flagship killer" - aqueles aparelhos que foram feitos para lutar contra os topo de linha das grandes marcas, mas custando muito menos.

O GT 7 tem processador Dimensity 9400E, um dos melhores já feitos pela Mediatek. Ele também leva 12GB de memória RAM e uma bateria incrível com 7.000mAh de capacidade total. Mas como que um celular com especificações tão incríveis foi parar na lista dos piores para jogos? Acontece que não tem como medir a performance só pelas especificações, é preciso também testar de verdade.

E foi testando que a gente descobriu que o Realme GT 7 não ultrapassa a barreira dos 60 frames de média em vários jogos da PlayStore, e foi isso que acabou prejudicando a pontuação dele em nosso ranking.

Um dos melhores exemplos é o Tower of Fantasy, jogo onde praticamente todos os celulares liberam acima de 60 frames, até mesmo os baratinhos. No caso do Realme GT 7, não ultrapassou a barreira dos 60 quadros.

Outro exemplo disso foi o Minecraft: mesmo com os shaders desativados, o GT 7 não conseguiu ir além dos 60 frames, sendo que é bem comum celulares topo de linha irem até 100 com as mesmas configurações gráficas que testamos o Realme.

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Até mesmo no COD Mobile, um game bem antigo, o GT 7 ficou limitado. Dessa vez não em 60 frames, mas sim, 90. Já é ótimo jogos assim - longe de mim reclamar de 90 frames - mas estamos falando de um flagship killer, e quando comparamos ele com o Galaxy S25 Ultra da Samsung, aquele celular vai até 120 frames no COD.

A real é que o Realme GT 7 é um ótimo celular, mas faltou otimização nos jogos. A boa notícia é que isso pode ser corrigido através das atualizações, e é por esse motivo que eu coloquei ele em último lugar. O problema é no código, não no hardware. Mas não podemos dizer o mesmo do próximo celular dessa lista. Esse aqui não tem como salvar.

4 - Samsung Galaxy A17 5G: Mesmo processador do A14

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Todo ano os celulares topo de linha são lançados com processadores cada vez mais potentes. Enquanto isso, na categoria de entrada, é sempre a mesma coisa.

O Galaxy A17 5G da Samsung compete pelo ranking de entrada, mas apesar de ser um lançamento, acaba ficando abaixo de celulares baratinhos lançados há anos atrás. O problema dele é o processador: a Samsung optou por utilizar o Exynos 1330 - o exato mesmo modelo que usaram no Galaxy A14 5G há alguns anos atrás.

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O resultado disso é que, apesar de ser um celular novo, o Galaxy A17 apresenta uma performance muito abaixo do esperada, até mesmo para a categoria dos baratinhos.

No Mortal Kombat, ele ficou com média de 31 frames. No vídeo dele a gente comparou com a geração passada, no caso, o Galaxy A16, e esse foi um dos jogos onde o celular antigo teve mais performance que o novo.

Isso aconteceu também no famoso Genshin Impact. O Galaxy A17 pontuou 34 frames de média, enquanto o Galaxy A16 foi até 38 frames. Eu concordo que é uma diferença pequena, mas poxa, o celular novo precisa ser igual ou melhor que o da geração passada, nunca pior.

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Outro lado negativo de usar um processador defasado a gente vê na autonomia: durante duas horas jogando Stackball, o Exynos 1330 do Galaxy A17 fez com que ele consumisse 35% de carga. Esse gasto é simplesmente inaceitável para um celular tão fraco.

A boa notícia é que, em jogos leves, a performance do A17 ainda é aceitável. Ele consegue 88 frames de média no FPS competitivo Blood Strike, e também teve um número bem parecido de desempenho no Wild Rift. Então nem tudo está perdido.

Também temos a expectativa de que o preço caia conforme o tempo passa, indo dos R$ 1.300 que está custando agora para mais próximo dos mil reais. É sempre bom quando o celular vai ficando mais barato conforme o tempo passa, uma pena que isso não acontece com todos os celulares. Um exemplo é o próximo da lista.

3 - Xiaomi POCO M7 Pro: Faltou otimização

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]Na terceira colocação temos o POCO M7 Pro, um celular que foi muito pedido pelos inscritos, mas que acabou surpreendendo negativamente nos testes de jogos.

Estamos falando de outro processador da Mediatek, dessa vez, o Dimensity 7025 Ultra. O problema é que mesmo testando com os gráficos no mínimo, esse processador falhou em apresentar uma boa performance em vários jogos:

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No Diablo Immortal ele ficou com aquele clássico problema de não liberar mais que 30 frames, muito comum nesse jogo. A questão é que o concorrente Galaxy A16 conseguiu ir até os 45 frames nesse jogo, e custa bem menos que o POCO.

São vários exemplos similares. No Genshin Impact, ele foi até 37 frames de média com gráficos no mínimo, o que é uma performance aceitável - isso é - se o celular fosse vendido próximo dos mil reais, o que ainda não é realidade, meses após o lançamento.

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Outra decepção foi no Wild Rift. Enquanto os celulares baratos da Samsung e Motorola liberam muita performance nesse jogo, o POCO M7 Pro ficou artificialmente limitado aos 60 frames.

Mas a cereja do bolo foi o Blood Strike. Aqui tivemos um grande bug com o POCO M7 Pro. A performance foi para as cucuias, pontuando no final do teste 32 frames de média com estabilidade em 37%. Apesar de ter sido um bug, essa com certeza é a pior performance que já vimos nesse jogo.

Esse é outro caso de um celular que, apesar de barato, não apresenta um bom custo benefício para jogos. E falando de custo benefício, partimos agora para um dos piores do ano nesse quesito.

2- Oppo Reno14 F: Caro e fraco

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Eu gosto muito dos celulares da Oppo, mas enquanto eles não baixarem drasticamente o preço, vão continuar sendo celulares que ganham atenção de YouTubers e influencers, mas não cabem no bolso de quem assiste.

Esse ano foi a vez do Reno14 F, um celular com processador intermediário, mas preço de topo de linha. É isso que a Oppo faz - capricham muito em todo o celular, mas na hora do processador é sempre um modelo antigo com performance ultrapassada, e é esse o caso do Snapdragon 6 Gen 1.

Essa performance abaixo da média nós notamos no COD Mobile: o Reno14 F não desbloqueou mais que 60 frames, algo que o intermediário da Motorola, o Moto G86, consegue fazer tranquilamente e custando menos.

No Wild Rift ele também decepcionou. Ficou preso em 60 frames, o que é bem estranho, já que até celulares super baratinhos conseguem pelo menos 90 nesse jogo.

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Outro game que não foi legal para o Oppo é o Diablo Immortal. O celular não conseguiu ultrapassar a barreira dos 30 frames, mesmo com gráficos no médio.

Por último, Genshin Impact. Aqui o Reno14 F liberou até os 60 frames, mas ficou com média em 42. Esse não é um péssimo resultado, mas, novamente, estamos falando de um celular extremamente caro. Com gráficos no médio, ele devia rodar Genshin em 60 frames de média, não 42.

Claro que se você comprou esse celular para tirar fotos e outras tarefas, ele funciona super bem, e consegue até rodar uns joguinhos com a performance "ok". Mas já que estamos avaliando por custo benefício, o Oppo Reno14 F é o segundo pior celular do ano no quesito jogos.

1- Jovi V50: O pior custo benefício para jogos

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Em 2025 a marca chinesa Vivo entrou para competir no mercado de Smartphones do Brasil. Eles optaram pelo nome "Jovi", e o V50 foi um dos aparelhos que testamos em vários jogos aqui no canal Roda Liso. O processador dele não é ruim - trata-se do Snapdragon 7 Gen 3. O celular também vem com 12 GB de memória RAM e uma bateria enorme de 6.000mAh de capacidade. Mas qual sentido faz ele estar no topo dos piores celulares para jogar em 2025? Praticamente o mesmo motivo dos outros, o preço. A diferença é que esse é ainda mais caro - custa entre 3.500 e 4.000 reais, entregando o desempenho de um celular intermediário.

Um dos piores resultados foi também num dos jogos mais famosos, o Genshin Impact. Aqui o Jovi V50 ficou com média em 40 frames, o que demonstra que esse celular não devia competir contra topos de linha, mas sim, contra intermediários. A questão é que ele custa mais que o dobro de vários intermediários.

Outro game pesado que não rodou bem no Jovi foi o Wuthering Waves. Foram 30 frames de média com 80% de estabilidade. Ele chegou a cair até 26 frames durante o combate, o que não é nada legal.

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Até mesmo em jogos leves como Delta Force, o JOVI ficou preso em 60 frames. Isso aconteceu no Delta Force e também no Mortal Kombat.

Eu já falei isso várias vezes, mas vou repetir: o problema dos celulares chineses tentando entrar no Brasil nem é a qualidade do produto, mas o preço. A JOVI, Honor e OPPO trazem modelos incríveis para cá, com câmeras impressionantes e interfaces inovadoras, mas de nada adianta se o celular custa mais que o dobro que seus concorrentes.