Foram liberados os lucros trimestrais da Samsung Electronics nesta segunda (30), e no relatório financeiro referente ao segundo trimestre é apresentado o lucro operacional da divisão de dispositivos móveis, e a notícia não é boa. Foi registrado uma queda de 34%, para 2,7 trilhões de wons (US $ 2,4 bilhões). É a maior queda desde o Galaxy S7, que fez sucesso no início do ano passado.

A maior culpa cai sobre a venda do Galaxy S9, que está abaixo do esperado. A Samsung declarou que a receita acabou caindo devido às "vendas mais baixas de smartphones e painéis de exibição". A Companhia também comenta sobre o S9, e descreve o desempenho das vendas como "lento".

Logotipo no prédio da Samsung em Seul, Coreia do Sul. (Imagem: REUTERS / Kim Hong-Ji )
Logotipo no prédio da Samsung em Seul, Coreia do Sul. (Imagem: REUTERS / Kim Hong-Ji)

Uma outra questão que acabou ajudando na queda da receita é a pressão colocada por fabricantes chinesas, por possuírem aparelhos mais baratos. Não somente pelo preço, mas os dispositivos das chinesas se mostraram mais inovadores, com melhor design e hardware mais poderoso. Estes fatores deixaram a competição mais árdua, tirando a esperança dos investidores de que alguma reviravolta no negócio de telefonia móvel seria possível.

O gerente de fundos da HDC Asset Management (proprietária das ações da Samsung), Park Jung-hoon, informou que "não é um jogo fácil para a Samsung, a menos que realmente atenda às necessidades dos consumidores por novos smartphones", em entrevista à Reuters.

Com a competição na China ficando mais forte, os números mostram que os preços menores das outras fabricantes estão obrigando a Sul-Coreana a diminuir as suas margens. Enquanto a Samsung enviou 80,1 milhões de celulares ao mercado no primeiro trimestre e 78,2 milhões um ano depois, a Huawei subiu de 34,5 para 39,3 milhões, e a Xiaomi subiu de 14,8 para 27,8 milhões.

Não é somente a venda de smartphones que anda mal, pois a Samsung também sofre com a redução de produção e venda das telas LCD e a baixa demanda por painéis OLED flexíveis. No entanto, espera-se que a situação melhore com o lançamento dos novos iPhones, que utilizam este tipo de tela. 

Fonte: Reuters | The Verge