Na manhã desta terça-feira (11), a Samsung decretou o fim do seu Galaxy Note 7, quando um porta-voz da companhia confirmou ao Wall Street Journal que a sul-coreana "matou" o phablet.

Na segunda-feira, a empresa anunciou que estava suspendendo a produção do aparelho por tempo indeterminado após os vários episódios envolvendo o produto. Vários usuários relataram o superaquecimento da bateria e que acabava em muitos casos, pegando fogo.

A orientação foi para que as lojas suspendessem as vendas do Galaxy Note 7 e que os usuários deixassem de usar os aparelhos.

Já nas primeiras horas do dia, analistas já mencionaram um rombo de US$ 17 bilhões caso a Samsung encerrasse definitivamente a produção e venda do smartphone. "Podemos confirmar os rumores de que a Samsung encerrou, em caráter definitivo, a produção do Galaxy Note 7", disse ao TechCrunch.

O mercado financeiro, ontem mesmo reagiu mal sobre a possibilidade de encerramento da produção do phablet, com isso, as ações da Samsung fecharam em queda de 8%, com desvalorização de US$ 19 bilhões em apenas um dia. Agora, com o fim decretado pela própria Samsung do Galaxy Note 7 a expectativa é que as ações caiam ainda mais.

Galaxy Note 7

O Galaxy Note 7 foi lançado em agosto deste ano e o que era pra ser um grande sucesso da companhia acabou se transformando em um acúmulo de problemas.

Pouco após chegar às prateleiras, vários relatos de aparelhos que incendiaram surgiram. Com o superaquecimento da bateria, o celular acabava explodindo, o que deixou, inclusive, uma criança ferida.

A companhia, em razão de todos os problemas, foi obrigada a anunciar o recall de 2,5 milhões de unidades do phablet. Com a chegada do novo lote de aparelhos, supostamente livre dos problemas, a empresa poderia tentar reverter o prejuízo. No entanto, não foi o que ocorreu.

Novos relatos de aparelhos que explodiram surgiram, e a companhia, sem alternativas, se viu obrigada a encerrar a produção e vendas. Este, com certeza, é uma das trajetórias mais desastrosas do setor de smartphones.