Na sexta-feira (30), a sonda Rosetta pousou com sucesso no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, e com isso, chegou ao fim a missão de mais de uma década da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

O cientista Patrick Martin, gerente da missão, pouco depois das 8h20 (Horário de Brasília), na sexta-feira, anunciou o "sucesso total da descida histórica" da sonda em direção ao cometa e assim, declarou por encerrada a missão. "É a culminação de um tremendo sucesso científico e técnico da missão", disse ele.

O projeto em questão foi o primeiro desenvolvido para orbitar e aterrissar sobre um cometa. Agora, a missão finaliza com muitos dados produzidos e enviados à Terra.

A sonda Rosetta, em 2014, lançou sobre o cometa o robô Philae, após vários anos de viagem pelo espaço. Isso tudo com o objetivo de estudar a composição do corpo celeste.

Os cientistas buscam entender sobre a formação dos planetas do Sistema Solar, e os compostos químicos, gases e poeiras. Os pesquisadores, através de tais materiais, também podem compreender melhor sobre a origem da vida.

Para completar, a sonda deverá enviar as últimas fotos feitas antes de repousar para sempre sobre o cometa.

"Durante a missão, os cientistas ficam imersos em sua execução e planejamento. Agora, eles vão ficar ocupados durante anos", explicou em entrevista à Agência Efe o chefe do escritório de coordenação da ESA, Fabio Favata.

E agora?

A missão da sonda Rosetta é um dos projetos que mais proporcionou visibilidade à ESA. Porém, outros projetos interessantes deverão surgir.

De acordo com um porta-voz da agência, 2018 será um ano de boas noticias. Na ocasião deverá ser lançada a BepiColombo, uma missão conjunta a Mercúrio da ESA com a agência espacial japonesa JAXA.

Além disso, está previsto o lançamento da missão Solar Orbiter, concebida em parceria com a americana Nasa, que irá se aproximar do Sol para analisar o magnetismo solar, bem como a sua atividade explosiva e os efeitos imediatos nas proximidades da estrela.

Para completar, no mesmo ano também será lançado, juntamente com a Nasa, o telescópio espacial James Webb, que tem como objetivo realizar as observações infravermelhas do Universo, bem como detectar as galáxias mais antigas e acompanhar o nascimento de novas estrelas.