Através de um texto, o co-fundador e presidente da startup Lyft, John Zimmer, fez algumas previsões sobre o futuro dos carros e também do transporte urbano. O Lyft é uma concorrente forte do Uber, porém, ainda não chegou ao Brasil.

De acordo com Zimmer, nos próximos anos veremos a "terceira revolução no transporte". As mudanças estão relacionadas ao avanço tecnológico, que permitirão que os carros se desloquem de modo autônomo, ou seja, sem a necessidade de um motorista humano.

A estimativa é que daqui cinco anos, mais da metade das corridas feitas pelo Lyft ocorram através de carros autônomos. A General Motors, em janeiro deste ano, investiu 500 milhões de dólares na Lyft em troca de 10% das ações. Além disso, uma parceria entre as empresas foi firmada para o desenvolvimento de carros independentes.

O Uber, na semana passada, começou a testar seus carros autônomos na cidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

Além do futuro dos carros, Zimmer também acredita que dentro de dez anos as pessoas não terão mais carros. "O veículo médio é usado apenas em 4% do seu tempo e fica estacionado por 96% do tempo", diz Zimmer.

De acordo ainda com o executivo, quando todos os gastos são colocados na ponta do lápis, percebe-se que não é vantajoso ter um automóvel. "Ter um carro implica fazer pagamentos mensais, procurar por estacionamentos, comprar combustível e lidar com reparos."

A mudança, de acordo com Zimmer, será percebida principalmente nos grandes centros. De acordo com ele, nos Estados Unidos a falta de interesse em ter um automóvel já está sendo percebida.  "A cada ano, mais e mais pessoas estão concluindo que é mais fácil e mais barato viver sem ter um carro."

A medida seria muito benéfica para o meio ambiente. "Da próxima vez que você andar, preste atenção no espaço. Veja quanta terra é dedicada somente a carros. Quanto espaço veículos estacionados ocupam dos dois lados da rua e quanto de nossas cidades fica inutilizada para servir de estacionamento", escreve Zimmer.

"Imagine por um minuto como nosso mundo seria se encontrássemos uma maneira de tirar a maioria desses carros das ruas. Ele seria um mundo com menos engarrafamento e menos poluição", completou.