De acordo com a Agência Espacial Americana, abril foi o mês mais quente registrado na história do planeta. De novembro de 2015 até maior de 2016, todos os meses bateram recorde de calor.

Os cientistas, em fevereiro, começaram a falar em emergência climática. Este foi o primeiro mês em que a diferença bateu recorde. Isso significa que esquentou mais do que havia feito calor em qualquer outro ano. O mesmo ocorreu em março.

Com a avaliação das altas temperaturas registradas, o alerta estava feito. No mês de abril, quando a Nasa fechou os dados, eles descobriram que a temperatura média foi de 0,24 graus Celsius mais alta que em 2010, quando havia atingido o ápice. Apesar de parecer pouca, não é. Um novo recorde só deveria ser registrado a cada 150 anos, e não em um curto espaço de tempo.

Gavin Schmidt, cientista da Nasa, disse através de uma rede social, que 2016 deverá ser o ano mais quente da história. O fato está ocorrendo em razão do aquecimento global, que também é causado pelo homem. O efeito "El Nino", também muito intenso, é responsável por elevar o aquecimento da água no Oceano Pacífico, o que acaba alterando o clima do planeta.

"A circunstância lamentável que temos agora é a soma de um intenso fenômeno El Niño que foi potencializado pelo aquecimento global", disse Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção da ONU para Mudanças Climáticas.

"Todas essas quebras de recordes nas temperaturas e as implicações disso - como o recorde no número de incêndios e as secas na Índia - nos fazem lembrar que não podemos fazer nada a não ser acelerar planos com soluções. Não temos outra opção a não ser acelerar essa agenda", afirmou.

No Brasil

No Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia, mostra que o país seguiu o padrão de aumento de temperatura em abril.

Entre 1981 e 2010, algumas regiões, em especial o Sul, Centro e Nordeste do Brasil, registraram aumento de temperatura de até 3° Celsius.