O fim dos dinossauros pode não ter sido exclusivamente pela queda de um meteorito. Os dinossauros, ao que tudo indica, já lutavam pela vida dezenas de milhões de anos antes de sua extinção. O estudo foi publicado na segunda-feira (18).

Há vários anos os cientistas debatem sobre o estado dos dinossauros no final de sua presença na Terra. Alguns dos estudiosos acreditam que eles estavam em plena forma, já outros dizem que eles já se encontravam em estado de degradação.

O estudo foi publicado nas Atas da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, e para ele os cientistas estudaram com muito cuidado os fósseis do mundo todo.

Assim, de acordo com a análise, ao menos 40 milhões de anos antes da colisão, várias espécies de dinossauros desapareciam a um ritmo mais rápido do que surgiam novas espécies.

"Não esperávamos este resultado", reconheceu Manabu Sakamoto, paleontólogo da Universidade de Reading, no Reino Unido.

"O impacto do asteroide ainda é a principal suspeita da extinção dos dinossauros, mas está claro que já não se encontravam no auge da vida" em termos de evolução, continuou.

O meteorito, ao se chocar com a Terra há 66 milhões de anos, deixou uma enorme nuvem de pó o que impediu que os raios solares chegassem à Terra, ocasionando na diminuição da temperatura e ainda na morte das plantas. Assim sendo, sem alimento e abrigo os dinossauros não resistiram.

"Nosso estudo indica de maneira contundente que, se os animais experimentam um ritmo rápido de extinção (...) correm o risco de que sejam aniquilados em caso de uma catástrofe maior", completou Sakamoto.

"Isto tem implicações para nossa biodiversidade atual e futura, levando em conta o ritmo da extinção sem precedentes de certas espécies devido às mudanças climáticas causadas pelo homem", completou.