O grupo "Basic", formado pelo Brasil, África do Sul, Índia e China reuniram-se na terça-feira (8) em Paris, com a finalidade de acertar as propostas que irão defender nas plenárias da 21ª Conferência das partes (COP21). O encontro acontece até este final de semana e tem como objetivo firmar u novo pacto com medidas para evitar as mudanças climáticas.

O Basic também quer que sejam consideradas as diferentes realidades dos 195 países que estão reunidos na COP21. Uma das grandes causas para o aquecimento global é a emissão de gases pelas indústrias. Deste modo, como os países ricos contribuem mais para esse processo e também há mais tempo, eles devem assumir metas mais ambiciosas. Já os países pobres e emergentes devem aumentar o seu comprometimento à medida que conseguirem aumentar as suas economias.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu os ideais da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do clima: "Queremos que sejam reconhecidas as realidades e os esforços nacionais nessa agenda", declarou.

 "Todos nós estamos adotando ações para mudar nossos padrões de produção porque somos todos cidadãos do mundo", afirmou a ministra de Meio Ambiente da África do Sul, Edna Molewa. "O papel de cada governo na questão climática tem de ser bastante flexível."

 "O acordo não pode se limitar à mitigação das emissões", afirmou o ministro de Meio Ambiente da Índia, Prakash Javadekar. "É preciso atentar para a adaptação às mudanças climáticas."

A partir de agora, todos os anos, os países do Basic terão que apresentar às Nações Unidas, documentos com a sua parcela individual de contribuição no que diz respeito a questão climática.

"O setor privado pode ser um grande aliado para o cumprimento da INDC", ressaltou o representante especial para mudanças climáticas da China, Xie Zhenhua.