O mundo digital está cada vez mais sofisticado, e junto com todo o aparato tecnológico, o risco eminente de ataques virtuais. As usinas nucleares, por exemplo, ainda não se encontram totalmente prevenidas para tais ataques. Vale notar que operadores do mundo todo estão se adequando ao mundo digital, o que também pode ser um grande risco.

De acordo com um relatório publicado nesta terça-feira (6) pelo instituto de pesquisa Científica Chatham House de Londres, que cita 50 incidentes do gênero, diz que apenas alguns deles foram divulgados publicamente.

Caroline baylon, autora do relatório, diz que apesar dos cuidados com a segurança terem aumento consideravelmente após os episódios de 11 de setembro, os ataques cibernéticos a usinas nucleares ainda é algo novo. Conforme o relatório, os próprios funcionários acreditam que as usinas nucleares estão bem atrás de outros segmentos em relação a ataques virtuais.

O instituto avalia que as centrais nucleares "não têm preparo para enfrentar uma urgência em matéria de cibersegurança, em um incidente de grande amplidão, e teriam problemas para coordenar uma resposta adequada".

A razão disso está pelo fato da cultura interna, de acreditarem que por não estarem conectados à internet, as usinas dificilmente seriam comprometidas. Porém, essa não é uma verdade absoluta. Um bom exemplo disso é vírus Stuxnet, de 2008, que foi produzido pelos Estados Unidos em pareceria com Israel e tinha como finalidade paralisar as usinas nucleares do Irã;

Além disso, a autora do relatório cita o caso de 2006, na Browns Ferry, no Alabama, quando um sistema de chave de segurança foi sobrecarregado com tráfego de rede o que quase ocasionou um colapso.

A Chatan House fez um levantamento durante o período de 18 meses, reunindo entrevistas de oficiais nucleares e do governo de países como Canadá, França, Alemanha, Japão, Reino Unido, Ucrânia e EUA.