A IBM, ao longo dos anos, vem testando vários sistemas baseados em Linux em seus mainframes, ou seja, nos computadores de grande porte dedicados ao processamento de alto volume de informações. Desta vez, a companhia revelou que está desenvolvendo um mainframe que roda o Ubuntu, tudo em parceria com a Canonical. Esta nova unidade foi nomeada de LinuxOne.

A revelação chega com parte de uma estratégia da IBM, que busca impulsionar o uso de mainframes por um público maior. Assim, o novo modelo incluiu assinatura mensal, envolvimento mais profundo com outros projetos de código aberto, contribuição para códigos de mainframe open source e ainda participação no Projeto Open Mainframe.

Os novos mainframes chegam ao mercado em duas versões. O Emperador executa IBM z13,e foi desenvolvido em janeiro deste ano. O z13 possui capacidade de lidar com 2,5 bilhões de transações por dia, disse a IBM. A segunda versão, mais econômica, é a Rockhopper, que foi projetado para clientes recém-entrados no mercado de computadores e dedicados ao processamento de dados.

Os mainframes ainda costumam ser de grande valia em ambientes comerciais, e ainda em grandes empresas, como bancos e universidades. A IBM ainda tem como objetivo promover ainda mais a nuvem, segurança e analytics para o potencial de mercado que usam o Ubuntu. Além disso, a Big Blue irá apoiar uma série de softwares empresariais open source, como o Apache Spark, MongoDB, node.js, PostgreSQL e Chef.

De acordo com Ross Mauri, gerente geral da IBM Systems, ao oferecer um modelo de precificação de nuvem elástica, a IBM pretende conquistar um número maior de clientes. Já para Charles King, analista principal da Pund-IT, disse que a "parceria deve ajudar a IBM, abrindo portas em clientes onde a Canonical é particularmente forte. Mas a Canonical é mais suscetível de se beneficiar com a exposição às grandes empresas que compõem a base de clientes de mainframe da IBM".

"Para mim, o que é mais interessante é o fato da IBM estar trabalhando através de uma mudança de paradigma e olhando para outros sistemas em mainframes, expandindo-os e aprofundando na implementação de softwares open source", disse John Zannos da Canonical, empresa por trás do Ubuntu.