A primeira pessoa a passar por esse procedimento cirúrgico no mundo foi o engenheiro aposentado, Ray Flynn, que vinha perdendo a visão nos últimos tempos em virtude de uma degeneração da retina em virtude de sua idade, pois Flynn está com 80 anos. O problema em questão faz com que a visão da pessoa fique reduzida e impeça de enxergar coisas distantes de si, como por exemplo, ler ou ver as pessoas.

De acordo com o último boletim médico, o paciente esta se recuperando muito bem e só deseja ver as partidas de seu time do coração e poder voltar a mexer com jardinagem. Em entrevista a BBC, o engenheiro aposentado declarou o seguinte: "Eu era incapaz de digitar o número do meu cartão de crédito quando ia pagar uma conta, mesmo sendo um "jardineiro", não conseguia mais distinguir as raízes das flores".

A cirurgia nada mais foi que implantação de um pequeno aparelho denominado de "Argus 2" no fundo do olho direito de Flynn, dispositivo este que funciona em conjunto com uma câmera de vídeo instalada na haste de um óculos especial, que ajuda o paciente a enxergar novamente, isso tudo, aproveitando as células da retina que ainda estão saudáveis, assim, a informação é enviada e processada pelo cérebro, fazendo com que a pessoa possa enxergar.

Flynn foi literalmente uma cobaia do programa-piloto promovido por um centro de pesquisas médicas de Manchester, na Inglaterra, programa esse que tem como meta implantar o referido dispositivo em cinco pacientes com a mesma doença do engenheiro aposentado.

O Argus 2 já vem ajudando pacientes com uma doença rara, conhecida como "Retinite Pigmentosa", mas vale ressaltar mais uma vez, que o procedimento cirúrgico em que se submeteu Flynn, foi o primeiro realizado por uma pessoa com DMRI, também conhecida como degeneração macular.