No domingo (26), quase 10 mil húngaros percorreram as ruas de Budapeste para protestar contra um projeto de lei que tem como objetivo taxar o uso da internet no país. Os manifestantes se reuniram em frente ao Ministério da Economia.  No protesto, eles levantaram seus telefones e gritavam que o governo era retrógrado e tomava medidas anti-democráticas.  Por fim, um grupo de manifestantes  começou a jogar peças de eletrônicos e computadores na porta do prédio. 


Jovem atira aparelho eletrônico em protesto.

"Libertem a Hungria, libertem a internet", gritavam os manifestantes. "Não é só por causa da taxa de Internet. Nós estamos fartos do governo. Estamos fartos de nos roubarem e da corrupção", disse uma húngara que participou no protesto.

Os manifestantes pedem a extinção do projeto de lei. Conforme eles, a nova taxa irá aumentar o valor da internet na Hungria, e ainda diminuir a expressão e o acesso à informação no país.

A lei foi elaborada pelo ministro da economia Mihaly Varga e  impõe uma taxa de 150 Florins (R$ 1,50) por cada gigabyte transferido. A atual proposta faz parte do projeto de lei fiscal de 2015, que foi elaborado pelo governo do atual primeiro-ministro Viktor Orban, e apresentado ao parlamento na semana passada.

Conforme proposta, com a taxação do tráfego da internet seria possível arrecadar mais recursos para país, que sofre com a dívida interna e também externa.

A proposta foi revisada pelo líder do bloco governista do Parlamento húngaro e sugeriu um teto tributário de 7,20 reais para consumidores e 51,94 reais para empresas. A proposta não foi aceita pelos manifestantes.

Os manifestantes já alertaram que, caso a proposta não seja extinta nas próximas horas, uma nova manifestação irá acontecer no dia 28.