Cientistas australianos da Universidade de Monash estão desenvolvendo um olho biônico capaz de devolver a visão a pessoas que sofrem de doenças graves nos olhos e também a pessoas que sofreram acidentes.
O dispositivo funciona com uma pequena câmera que registra imagens do ambiente e as transmite sem algum tipo de fio a um chip implantado na parte traseira do cérebro, estimulando assim o córtex visual da pessoa.
O modelo até o momento analisado pelos pesquisadores utiliza um óculos com câmera instalada na parte externa e um sensor de movimento ocular na parte interna das lentes, para que seja assim possível registrar as imagens conforme a direção do olhar. Os óculos são equipados também com um transmissor de sinal e um processador digital, instalados nas hastes do mesmo.
O chip que é implantado no cérebro da pessoa logo abaixo do crânio, recebe as informações do ambiente externo e assim estimula o córtex visual através de pequenos eletrodos, aos quais permitem que o cérebro da pessoa interprete as imagens.
![](https://www.oficinadanet.com.br/media/post/10856/330/microchip.jpg)
De acordo com os cientistas, essa nova tecnologia irá permitir que pessoas cegas consigam visualizar objeto como uma série de pontos ou blocos de cores, sendo que, além disso, o dispositivo poderá agregar outras ferramentas bem como um software de reconhecimento facial, o que ajudará na hora de reconhecer pessoas.
Para o diretor do projeto, professor e pesquisador, Arthur Lowery, o reconhecimento facial será um grande avanço para o dispositivo, sendo que ele declarou em entrevista ao jornal The Guardian que: "Isso para nós significa muito, pois deficientes visuais poderão entrar em uma reunião e saber quem são os presentes".
Ainda em relação ao olho biônico, o mesmo não utiliza o sistema óptico humano, sendo que assim poderá solucionar muitos casos de cegueira total ou absoluta.
Para o professor Lowery, o sistema funcionará muito bem para pessoas que perderam a visão ou obtiveram doenças como degeneração macular ou glaucoma, já para pessoas que possuem uma visão residual, o dispositivo não é adequado, pois ele fornece uma possibilidade de reconhecimento diferente do ambiente.
Vale salientar também que o óculos da Universidade de Monash, não é indicado para pessoas que jamais conseguiram enxergar alguma coisa desde seu nascimento, pois o aparelho visa estimular o córtex do cérebro para pessoas que sabem reconhecer formas e objetos. O lançamento dos óculos biônico poderá acontecer até o final de 2014, depois que os pesquisadores testarem muito bem o modelo sugerido.
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