Segundo a afirmação da revista Nature, uma equipe internacional de cientistas descobriu um fóssil de uma espécie de macaco batizada de, Archicebus achilles, sendo esse, segundo a publicação, o mais antigo primata conhecido, entre eles, os primatas, para além dos antropóides.

De acordo com o paleontólogo da Academia Chinesa de Ciências de Pequim e co-autor da descoberta, Xijun Ni, declarou em um comunicado que, "É a primeira vez que temos uma visão razoavelmente completa de um primata que, na árvore da evolução, se encontra mais ou menos na divergência dos társios e dos antropóides, sendo que isso representa um grande passo no esforço de mapear as primeiras fases da evolução dos primatas e dos humanos".

O fóssil do suposto primata foi encontrado há alguns anos atrás por um agricultor, em uma pedreira próxima a cidade de Jingzhou, província de Ubei, na China, onde mais tarde fora doado a instituição onde trabalha o paleontólogo Ni.  O fóssil estava encapsulado em uma pedra que fora partida ao meio, revelando assim as duas metades muito delicadas e frágeis de ossos e de impressão deixadas na matriz rochosa.

A partir daí, muitos estudos em cima desta descoberta fora realizada, sendo que só após longas pesquisas, descobriram que se tratava de um animal diferente de qualquer outro primata conhecido, vivo ou morto. Para o co-autor, Chris Beard, do Museu Carnegie de História Natural de Pittsburgh, nos Estados Unidos, o fóssil é uma grande descoberta para a civilização e sua história, onde ele declarou que, "É um híbrido, cujos pés parecem os de um pequeno macaco, com os braços, patas e dentes de um primata muito arcaico, com um crânio primitivo e olhos curiosamente pequenos".

Daí que partiu o nome da criatura, Archicebus achilles, que representa um elo entre o ramo dos társios e dos antropóides, cujo significado é "primeiro macaco da cauda comprida, moderno".