O LVM é um gerenciador de discos do Kernel do Linux. Ele permite que discos sejam trocados sem interrupção do serviço (hotswap), alterar o tamanho dos volumes, criar backup de imagens dos volumes, criar um volume único a partir de vários discos (similar ao RAID 0) ou criar volumes espelhados em mais de um disco (similiar ao RAID 1).

O LVM possibilita ampliar o sistema de arquivos que tradicionalmente é visto como um conjunto de discos físicos e partições. Seu objetivo é permitir uma flexibilidade grande para o administrador no gerenciamente dos discos.

Imagine que o usuário tenha o seguinte esquema de partições sem o LVM:

/boot /dev/hda1 10 Megabytes
swap /dev/hda2 256 Megabytes
/ /dev/hda3 2 Gigabytes
/home /dev/hda4 6 Gigabytes


Neste exemplo, se o usuário desejar aumentar a partição raiz, ele teria que reformatar seu disco, ou mesmo mover parte dos dados para outro disco e montar a nova partição como um diretório raiz.

Ao passo que, se o usuário utilizar LVM, ele poderia simplesmente diminuir o tamanho do /home e aumentar o raiz, ou mesmo adicionar outro disco e aumentar o raiz, sem precisar fazer backup dos dados, formatar a partição e copiar os dados de volta. Observe o mesmo exemplo utilizando volumes: 

/boot /dev/hda1 10Mb
swap /dev/vg00/swap 256Mb
/ /dev/vg00/root 2 Gigabytes
/home /dev/vg00/home 6 Gigabytes

Em grandes sistemas com muitos discos, é praticamente inviável gerenciar os discos sem o uso do LVM. É importante que você saiba que existem duas versões do LVM: 1 e 2. A versão 2 é suportada pelo Kernel 2.6, e pelo Kernel 2.4 com aplicação de alguns patches.

A única partição que não pode ser utilizada com o gerenciador de volume é a /boot.

Terminologia do LVM

  • Volume Group: É uma abstração do LVM que congrega volumes lógicos e volumes físicos em uma mesma unidade administrativa;
  • Volume Físico: É um disco ou algum hardware que se comporte como um disco (como um storage que use RAID);
  • Volume Lógico: É o equivalente a uma partição em um sistema não-LVM