De acordo com uma pesquisa que foi publicada na segunda-feira (11), a opção "Curtir" no Facebook revela muitas informações dos usuários, como raça, idade, sexualidade até nível de inteligência.
Os cientistas da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, e da Microsoft Research, divisão de pesquisas da gigante do software americano, desenvolveram um algoritmo que usa as opções ‘curtir’.
Com isso, a matemática empregada demonstra a precisão de 88% ao diferenciar homens de mulheres. No que diz respeito a distinguir afro-americanos de brancos, o índice chega a 95%. Com tais algoritmos foi possível também capturar informações sobre orientação sexual, se o usuário possui pais separados ou mesmo se faz uso de drogas.
Conforme os cientistas, através dos dados obtidos é possível que eles sejam usados em estratégias de propaganda e marketing como também poderiam deixar os usuários inibidos em decorrência da grande quantidade de dados que podem ser extraídos a partir do Facebook.
"É muito fácil clicar no botão 'curtir', é sedutor", afirmou David Stillwell, estudioso de psicometria e co-autor da pesquisa. "Mas você não percebe que anos depois todos aqueles 'curtir' são armazenados contra você", acrescentou.
O cientista salienta que o estudo foi baseado no Facebook, porém, outros dados digitais, como buscas na internet e troca de e-mails poderiam ser usados para determinar o perfil de um usuário. "É possível chegar às mesmas conclusões com diferentes formatos destes dados digitais", explicou à AFP.
O estudo foi realizado com 8.000 usuários do Facebook ao qual cederam suas opções de ‘curtir’, dados demográficos e também resultados de testes psicográficos.
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